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Lavanderia Comunitária gera renda e inclusão social de mulheres

Publicado: 17 de janeiro de 2011
20h 00

Que tal lavar ou passar roupas da família ou de funcionários com economia e ainda contribuir para um projeto de geração de renda? Essa oportunidade é dada há dois anos pela Lavanderia Comunitária 8 de Março (Rua Amador Bueno, 309, Centro Histórico), parceria entre a prefeitura, por meio da Seas (Secretaria de Assistência Social), ONG União Brasileira de Mulheres e programa Remar, da Petrobras. A lavanderia, inaugurada em 21 de janeiro de 2009, promove a inclusão social de mulheres e já contabilizou mais de 5 mil atendimentos.

Ela é utilizada tanto por empresas e moradores das imediações quanto de outros bairros. É o caso do médico aposentado Armando Troiani Filho, residente na Ponta da Praia e cliente desde abril do ano passado. “O serviço é muito bom e o preço também em relação a uma lavanderia particular, além da possibilidade de incentivo a um projeto social”, disse Troiani Filho, que gasta cerca de R$ 200,00 por mês na passadoria de calças, camisas e roupas de cama.

Outro cliente satisfeito é a empresa Pier – Manutenção Industrial, localizada no Centro Histórico, que utiliza a unidade para a lavagem dos uniformes dos funcionários. Cerca de 50 peças, como macacões e jalecos, são enviadas mensalmente ao local. A escolha gera para a companhia uma economia de 15%. “É gratificante contribuir para este projeto, que estimula a atividade de mulheres da região, oferece qualidade no serviço e atende sempre com rapidez”, afirmou Henrique Paulo Juliano, gerente de contratos da Pier.

Estrutura
A lavanderia possui sete máquinas de lavar, sete de secar e duas passadorias industriais e conta com 14 lavadeiras, associadas no sistema cooperado experimental. Antes do trabalho, elas participaram de cursos de capacitação no Senac e, por intermédio da Seas, foram formadas no conceito de cooperativismo e economia solidária.

“Nesse modelo, as profissionais trabalham com a divisão igualitária dos lucros, pois não têm patrão, e são responsáveis pela administração do espaço. Assim, o trabalho dá autonomia e elas se sentem cada vez mais fortalecidas”, disse Márcia Silveira Farah Reis, chefe da Seção de Cooperativas da Secretaria de Assistência Social.

Há um ano, o rendimento mensal médio de cada lavadeira era de R$500,00. Com a crescente procura pelo serviço, o salário atual chega a R$ 700,00. A renda contribui para o desenvolvimento de mulheres como Andréa Almeida, do Morro São Bento, há três meses no projeto, sendo que nos últimos dois atuando como caixa.

“Fiquei três anos desempregada e estava sem perspectiva. Agora melhorou bastante e posso manter as despesas de casa e com meu filho, que tem 11 anos”. Já Iracema Maria da Silva, do Morro do Pacheco, deixou de lado o serviço de diarista pelo trabalho fixo na lavanderia, onde a renda é maior. Ela começou lavando e agora é uma das passadeiras. “Eu gosto do que faço. Aqui há bom entrosamento entre a gente e uma boa estrutura”.

Preços
Confira os preços oferecidos para o serviço completo (lavagem, secagem e passadoria) das seguintes peças: fronha (R$ 1,50), almofada (R$ 2,00) bermuda jeans (R$ 4,50), blazer ou camisa de linho (R$ 8,00) e colcha (R$ 15,00). Mais informações: 3221-7717.