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Lauro mandira: 58 anos na zona noroeste

Publicado: 26 de agosto de 2005
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Vivendo há mais de 58 anos na Zona Noroeste, o tapeceiro Lauro Mandira encara sua relação com a região como um verdadeiro caso de amor. Morador da Rua Tomoishi Kobushi, na Areia Branca, ele é parte viva da história do lugar, que viu crescer e se modificar. Com emoção, rememora os primeiros anos do bairro, onde o pai, Amâncio Mandira, estabeleceu residência em 1947. Saudoso das amizades e dos anos da juventude, ele conta, porém, que as melhorias realizadas pelo poder público tornaram a vida infinitamente melhor. Saudade só das pessoas, dos tempos de juventude, daquele ‘clima’. Antigamente, as ruas eram de terra e não havia luz nem água encanada. Os primeiros moradores foram quase heróis, diz. Casado com Maria do Prazeres Andrade Mandira desde 1957, ‘Seo’ Lauro sempre morou no mesmo endereço. Naquele tempo o nome da rua era presidente Vargas. Não dá nem para comparar com as diferenças de hoje, pois temos tudo aqui: policlínica, escola, creche, destaca. Querido pelos vizinhos, ele recorda os bons amigos dos tempos em que jogava como ponta direita no Brasil da Areia Branca, e afirma que não mudaria da Zona Noroeste por nada. Aqui é o meu lugar. Todos me conhecem. Não saberia viver em outra parte da Cidade. Aposentado, mas ainda trabalhando com tapeçaria, Seo Lauro tem história sobre tudo e todos da Zona Noroeste. Lembro quando as ruas foram abertas, e o pessoal começou a lotear o bairro. Meu pai foi um dos que ajudaram a lotear, lembra. Orgulhoso, diz que passou o gosto pelo bairro para os dois filhos: Mauro (46 anos) e Magali (44) também continuam vivendo aqui.