Lançado projeto arquitetônico da sede da petrobras no valongo

Peça chave para alavancar a revitalização do Centro Histórico e promover o desenvolvimento econômico e social de toda a cidade e região, a futura sede da Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Petrobras teve seu projeto lançado nesta quinta (23), no salão nobre do Paço, no Centro Histórico. Será um complexo com três torres com capacidade para receber 2 mil trabalhadores cada. A construção da primeira, com 17 pavimentos, terá início no próximo ano, com previsão de entrega no primeiro semestre de 2012. A sua execução vai gerar 1.200 postos de emprego. Os dados foram apresentados pelo gerente-geral da Unidade, José Luiz Marcusso, que destacou que "todo controle operacional da Bacia de Santos será feito a partir dessa nova sede no Valongo". A Bacia, que engloba 35 mil km2 e se estende de Cabo Frio (RJ) a Florianópolis (SC), receberá nos próximos cinco anos investimento de US$40 bilhões, revelou ele. De acordo com Marcusso, a meta é superar a extração de 1 milhão de barris de óleo, por dia, até 2017. "Com a exploração do pré-sal na Bacia de Santos começamos uma nova era. Nosso desafio é que o que levamos 55 anos para conseguir em outros locais, possamos fazer aqui em 16 anos". No evento, quando foi assinado o registro de desenvolvimento do projeto arquitetônico, o prefeito João Paulo Tavares Papa lembrou o empenho da administração municipal para trazer a sede da Petrobras para o Valongo. Em 1999, a prefeitura começou a luta para conseguir que o terreno de 42 mil m2, pertencente à Rede Ferroviária Federal, ficasse com a cidade, o que acabou ocorrendo em 2006, como forma de quitação de débitos fiscais com o município. "A instalação desta unidade reforça nosso esforço de anos para a revitalização do Centro Histórico. Será importante indutor de desenvolvimento, trazendo novos investimentos privados e públicos. Teremos uma transformação muito positiva, com todas adequações necessárias em segurança, iluminação, urbanização, transporte público e soluções viárias", disse Papa. Ele observou que o empreendimento se somará a outros equipamentos turísticos e históricos existentes no bairro e outros a serem implementados, como o Museu Pelé, o Porto Valongo (revitalização dos armazéns de 1 a 8 do cais) e a Fundação de Tecnologia e Conhecimento. O prefeito informou ainda sobre a contratação, pela Codesp, do projeto executivo do Mergulhão (passagem subterrânea) no Valongo, prevista para agosto. PROJETO O complexo de três torres será construído em área de 25 mil m2, entre as ruas São Bento, Marquês de Herval, Cristiano Otoni e Augusto Barata, comprada pela Petrobras junto à prefeitura, no ano passado. "Buscamos adequar todas as necessidades da Petrobras com as de Santos, respeitando seus valores históricos e arquitetônicos, trabalhando com fatores de eficiência ambiental", disse o arquiteto Ruy Rezende, ao apresentar o projeto. Estão previstas salas multifuncionais, de vídeo conferência, auditório, restaurante, deck, espaço para atendimento de saúde, estacionamento, entre outras instalações. A obra prevê a reutilização de águas das chuvas, aproveitamento da iluminação natural e sistema de cogeração de energia. Será preservado o armazém portuário existente no terreno, com a instalação do Museu do Petróleo e do Desenvolvimento da Bacia de Santos. Quando a Petrobras iniciou suas atividades em Santos, há três anos e meio, contava com 40 trabalhadores. Hoje são 800, divididos em duas sedes: uma na Av. Conselheiro Nébias e outra na Rua Dom Pedro II.