Gesto de pedido de ajuda integra protocolo de combate à violência contra a mulher em Santos

Mulheres em situação de risco contam com uma forma discreta e eficaz de buscar proteção: o ‘Sinal para Ajuda’ (do inglês Signal for Help) - um gesto simples que, quando reconhecido, pode salvar vidas. A iniciativa faz parte do conjunto de estratégias adotadas também em Santos para combater a violência de gênero, e está integrada às capacitações do Protocolo ‘Não se Cale’, ativo na Cidade desde 2023.

Criado durante a pandemia, o gesto surgiu como uma maneira discreta de pedir socorro em situações de abuso, especialmente quando a vítima está em companhia do agressor. Desde então, tem sido amplamente propagado por instituições e campanhas de conscientização em todo o mundo.

Em Santos, a ação ganha ainda mais força com o apoio do Procon-Santos, que promove capacitações e fiscalizações para garantir que a rede de acolhimento funcione de forma eficaz, principalmente em locais públicos e estabelecimentos comerciais.

COMO FAZER O GESTO

Levante a mão com a palma voltada para fora, dobre o polegar sobre a palma e feche os dedos sobre ele, como se estivesse “prendendo” o polegar. O gesto pode ser usado para pedir ajuda em situações de violência doméstica ou abuso.

PROTOCOLO ‘NÃO SE CALE’

O Protocolo é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo voltada à capacitação de profissionais que atuam em estabelecimentos. A formação é oferecida gratuitamente em formato on-line pela Secretaria Estadual de Políticas para a Mulher, por meio da plataforma da Escola de Governo, e visa preparar toda a equipe de atendimento para reconhecer sinais de violência, como o ‘Sinal para Ajuda’.

Desde a implementação do protocolo em Santos, o Procon-Santos tem atuado de forma estratégica com ações educativas nos principais pontos comerciais da Cidade. Os estabelecimentos que participam do treinamento recebem um cartaz oficial, que deve ser afixado em local visível. Neste mês, em alusão ao Mês da Mulher Consumidora e ao Agosto Lilás, o órgão intensifica as fiscalizações em bares, restaurantes e espaços públicos, reforçando a importância do combate à violência de gênero.

COMO AJUDAR

Ao reconhecer o gesto silencioso de pedido de ajuda, o mais importante é manter a calma e agir com cautela para proteger a vítima. A recomendação é estabelecer uma comunicação discreta e segura com a pessoa e acionar um dos seguintes canais:

Central de Atendimento à Mulher: 180

Polícia Militar: 190

Guarda Civil Municipal: 153

Delegacia de Defesa da Mulher de Santos: Rua Assis Corrêa, 50, Gonzaga. Telefone: (13) 3223-9670

Delegacia mais próxima de sua região

Para orientação jurídica gratuita e apoio legal, as vítimas também podem procurar:

Cadoj (Coordenadoria de Assistência Judiciária Gratuita e Orientação Jurídica ao Cidadão)

Rua General Câmara, 5, 14° andar – Centro Histórico | Telefone: (13) 3201-5632

Defensoria Pública do Estado de SP – Unidade Santos

Rua João Pessoa, 241 – Centro Histórico | Tel: (13) 2102-2450

Além disso, os CREAS e CRAS da Cidade oferecem serviços de acolhimento e acompanhamento psicossocial. Os endereços podem ser consultados aqui.

Esta iniciativa contempla os itens 5 e 16 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Igualdade de Gênero e Paz, Justiça e Instituições Eficazes. Conheça os outros artigos dos ODS.