Fevereiro Roxo: especialistas em Santos esclarecem sobre doença de Alzheimer
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A campanha Fevereiro Roxo tem como um de seus principais objetivos a conscientização sobre a doença de Alzheimer, além de outras condições como a fibromialgia e o lúpus. O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta cerca de 1,2 milhão de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde, comprometendo a memória, a cognição e a autonomia dos pacientes.
Atualmente, a doença é a forma mais comum de demência, com cerca de 55 milhões de casos no mundo. A projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que esse número pode chegar a 150 milhões até 2050. Ainda sem cura, o Alzheimer afeta majoritariamente pessoas acima dos 65 anos e compromete diversas funções cognitivas, como memória, linguagem, raciocínio, humor, comportamento e percepção do mundo.
Durante uma palestra alusiva ao Fevereiro Roxo, aberta ao público na Câmara Municipal, na semana passada, a neurologista Mariana Cardoso, que atua no Ambulatório de Especialidades da Zona Noroeste, destacou que além da predisposição genética e da idade avançada, fatores como obesidade, diabetes, tabagismo e distúrbios do sono aumentam o risco de desenvolver Alzheimer.
“Por ser uma doença inflamatória que causa estresse no organismo, quanto mais saudável for o estilo de vida do paciente, menor a possibilidade de desenvolver a condição. Alimentação equilibrada, sono de qualidade, prática regular de exercícios e outros hábitos saudáveis podem ajudar na prevenção”, explicou a neurologista.
O Ministério da Saúde estima que até 48% dos casos de Alzheimer poderiam ser evitados por meio de um estilo de vida mais saudável, incluindo a redução do consumo de álcool e tabaco, o controle de doenças crônicas, o cuidado com a saúde mental e a adoção de alimentação equilibrada.
PRINCIPAIS SINAIS E DIAGNÓSTICO
Identificar os primeiros sinais do Alzheimer é essencial para um diagnóstico precoce e melhor planejamento do tratamento. O sintoma mais característico no início da doença é a perda de memória recente. Com a progressão, surgem dificuldades mais graves, como esquecimentos relacionados a eventos antigos, irritabilidade, falhas na linguagem e problemas na orientação no tempo e espaço.
Nos estágios avançados, o paciente pode perder completamente a capacidade de reconhecer familiares e amigos, além de necessitar de assistência para atividades básicas, como alimentação e higiene pessoal.
O QUE É O ALZHEIMER
O Alzheimer é uma enfermidade neurodegenerativa que provoca a morte gradual dos neurônios, prejudicando a memória, o raciocínio e até mesmo funções básicas do corpo em estágios mais avançados. A condição é irreversível e não tem cura, mas tratamentos podem retardar a progressão e melhorar a qualidade de vida do paciente.
A principal característica da doença é o acúmulo anormal das proteínas beta-amiloide e tau no cérebro, que formam placas tóxicas e causam inflamação e morte neuronal. Com o tempo, o cérebro sofre atrofia, especialmente nas áreas responsáveis pela memória e pelo aprendizado.
PRINCIPAIS SINTOMAS
- Perda de memória recente: dificuldade em lembrar eventos recentes, enquanto memórias antigas podem permanecer preservadas no início
- Desorientação no tempo e espaço: o paciente pode se perder em locais conhecidos ou esquecer datas importantes
- Dificuldade em se comunicar: troca de palavras, esquecimento de termos comuns e dificuldades para formular frases
- Alterações de humor e comportamento: irritabilidade, apatia, desconfiança excessiva e até agressividade
- Dificuldade para realizar tarefas cotidianas: a pessoa pode ter problemas para lidar com dinheiro, se vestir ou cozinhar
ATENDIMENTO
A porta de entrada para acompanhamento de pessoas com sintomas de Alzheimer é a policlínica. O médico generalista levanta a hipótese do diagnóstico para a doença e encaminha para um neurologista, médico responsável pela confirmação do diagnóstico e orientações.
Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS.