Feriado traz lembranças de um mártir brasileiro
Faltam poucos dias para o 21 de abril e nem todos se lembram do motivo pelo qual este dia é feriado nacional. Na próxima quarta-feira é celebrado o Dia de Tiradentes, feriado estabelecido pelo Decreto 155-B, de 14 de janeiro de 1890, no qual se declara os dias de festa nacional. Esta data é propícia para relembrar a trajetória deste mártir brasileiro, que marcou a época do Brasil-colônia, lutando pela Independência do Brasil e a abolição da escravatura, guiando-se pelo lema: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, nasceu em Pombal, Minas Gerais e teve diversas profissões, mas foi como dentista que ganhou o apelido pelo qual ficou conhecido. Ganhou destaque na história por encabeçar o movimento revolucionário chamado de Inconfidência Mineira, que teve sua origem em Ouro Preto (MG), antiga Vila Rica. Lá, os inconfidentes conspiraram com o intuito de libertar o Brasil de Portugal e proclamar a República. Com a decisão do então governador mineiro, Visconde de Barbacena, de promover a derrama, nome dado à cobrança de impostos, o movimento tomou ainda mais força. Porém, em março de 1789, o coronel Joaquim Silvério dos Reis, que fingia apoiar a ação, denunciou tudo ao governador, que prendeu dentre outros conspiradores, o Tiradentes. Este teve de aguardar seu processo por três anos até obter sua sentença final. Então, no dia 21 de abril de 1792, Tiradentes foi enforcado no Largo da Lampadosa, no Rio de Janeiro, seu corpo esquartejado, sua cabeça erguida em um poste em Vila Rica, sua casa arrasada e seus descendentes declarados como infames. Este foi o início do processo de independência do país, que só teve fim em 1822.