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Fechamento do sos criança prejudica trabalho da seac

Publicado: 19 de abril de 2001
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O SOS Criança, serviço estadual que recebia e encaminhava crianças e adolescentes às suas cidades de origem, teve suas atividades encerradas no último dia 5 de abril, por determinação do secretário de Estado da Assistência Social, Édson Ortega Marques. Os municípios que utilizam o serviço, inclusive Santos, foram informados no mesmo dia, por fax. Segundo o diretor do SOS Criança, José Augusto Rodrigues Alves Suto, as atividades foram passadas do Estado para o Município de São Paulo, por meio das regionais da Secretaria de Assistência Social. O problema, segundo a secretaria de Ação Comunitária e Cidadania, é que não houve qualquer aviso ou discussão sobre a extinção do serviço, que sempre foi fundamental para o trabalho desenvolvido em Santos, no atendimento a crianças e adolescentes que são encontrados nas ruas e que não pertencem à região da Baixada Santista. Só para ter uma idéia, em 2000 a Casa de Acolhimento atendeu 1.264 pessoas (sem contar as reincidências), sendo 11,2% crianças e 88,8% adolescentes. Destas somente 16,3% eram de Santos. Outras 16% de outras cidades da Baixada, como São Vicente, Guarujá, Cubatão e Praia Grande. Já a grande maioria é proveniente da Capital (42,4%) e da Grande São Paulo (16%). Dos municípios do Interior foram atendidos 5,7% e de outros estados 3%. O SOS Criança era o nosso principal parceiro no trabalho de atendimento à criança e ao adolescente, já que para lá eram levados todos os meninos e meninas de fora da Baixada Santista. Com a extinção do serviço, a orientação dada pelo Estado foi a de encaminhá-los direto aos conselhos tutelares e coordenadorias regionais da Prefeitura de São Paulo. Só que entramos em contato e nem eles têm informação suficiente sobre como se dará o atendimento. Além disso, tanto os conselhos quanto as regionais operam em horário comercial.