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Famílias acolhedoras ressalta o sentido da paternidade

Publicado: 11 de agosto de 2006
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Aos 45 anos, após criar dois filhos, Luiz Trajano de Oliveira decidiu que ainda poderia ajudar na formação de outros jovens. Ele e a esposa Clarice da Silva Oliveira resolveram participar da Rede de Famílias Acolhedoras (Seção Rede de Famílias Acolhedoras – Sefam), um programa da Prefeitura de Santos, desenvolvido há pouco mais de um ano pela Secretaria de Assistência Social (Seas). Trajano, que é chefe da Seção de Elaboração de Editais e Compras da Seas, conta que a proposta do programa encaixava-se nos interesses do casal. A primeira acolhida durou quatro meses. Era uma menina de dois anos e meio. Mais tarde, receberam por quase um ano um casal de irmãos, uma menina de um ano e meio e um menino de 45 dias. Em breve receberá mais um casal de irmãos. Trajano afirma que a participação no projeto conscientizou-o do seu papel social. A participação no programa permitiu-nos dar ao casal de irmãos o primeiro Natal, conta emocionado. Quanto à separação das crianças acolhidas, Trajano diz que é triste, mas deve acontecer pois o objetivo é acolher temporariamente. Em sua opinião, o que mais tem marcado sua participação no programa é o amor recíproco. Eles não são nossos filhos, mas o desenvolvimento do sentimento paterno e materno é inevitável. FAMÍLIAS ACOLHEDORAS O programa é destinado ao acolhimento temporário de crianças e adolescentes, cuja família vivencie um momento de crise durante o qual a convivência com os filhos seja impossível. As crianças de 0 a 18 anos são acolhidas por meio de denúncias de maus-tratos encaminhadas aos conselhos tutelares e são inseridas no cadastro da Serfam. O trabalho é acompanhado por profissionais das áreas de psicologia, direito e assistência social da própria Seas. A Prefeitura oferece um auxílio de R$ 240,00 mensais às famílias acolhedoras. Este recurso é fornecido pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA), que recebe doações de munícipes. As famílias dispõem ainda de enxoval, encaminhamento para escolas da rede municipal de ensino e atendimento médico, por meio de convênio com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), capacitação e acompanhamento constante durante a estadia da criança. Atualmente há 17 famílias acolhedoras e 20 crianças acolhidas, sendo que uma já voltou para sua família de origem e três foram adotadas por casais inscritos no cadastro de adoção.