Exposição no Paço destaca personalidades negras históricas de Santos
Em celebração ao Mês da Consciência Negra, pode ser visitada até 28 de novembro, no Paço Municipal, a mostra Educação para Relações Étnico-Raciais, que reúne trabalhos produzidos por estudantes da rede municipal que participam do projeto de extensão Quilombagem e escola: da memória à história pública, desenvolvido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Campus Baixada Santista, em parceria com a Secretaria de Educação (Seduc) e o Movimento Social Negro de Santos.
As produções foram realizadas ao longo do ano e têm como base as histórias de personalidades negras que contribuíram para a formação social e cultural de Santos. O trabalho envolve alunos desde a educação infantil até a educação de jovens e adultos.
Entre os dias 19 e 28, a mostra estará na Unifesp, na Rua Silva Jardim, 136, Vila Mathias

Participam do projeto 19 escolas municipais: Prefeito Esmeraldo Tarquínio (Bom Retiro), Alcides Lobo Viana (Marapé), Ayrton Senna da Silva (Campo Grande), Irmão José Genésio (José Menino), Vinte e Oito de Fevereiro (Saboó), Maria Patrícia Fogaça (Valongo), Maria Carmelita Proost Villaça (Ponta da Praia), José Carlos de Azevedo Júnior (São Manoel), Gota de Leite (Encruzilhada), Olavo Bilac (Campo Grande), Elsa Virtuoso (Estuário), Padre Francisco Leite (Marapé), Mário de Almeida Alcântara (Valongo), Professora Maria Luiza Simões Ribeiro (Saboó), Dr. Nelson de Toledo Piza (Saboó), Auxiliadora da Instrução (Estuário), José da Costa Barbosa (Marapé), Professor Avelino da Paz Vieira (Vila Nova) e Barão do Rio Branco (Campo Grande).

PROJETO
Neste ano, o trabalho foi ampliado e passou a incluir novas personalidades, totalizando 14 figuras estudadas pelos alunos. Entre elas, Esmeraldo Tarquinio Neto, Bartolomeu Pereira de Souza (Bartô), Maria Augusta de França Oliveira, Julio Evangelista, Helena Monteiro da Costa, Luiz Gama, Mestre Sombra (Roberto Teles de Oliveira), Maria Patrícia Fogaça, Laudelina de Campos Melo, André Leandro da Silva Nascimento, Alzira Rufino e Ana Célia da Silva Vieira (Irmã Ana).
Para a coordenadora pedagógica da UME Auxiliadora da Instrução, Cristiane Bernardes, o projeto tem contribuído para que alunos e professores reflitam sobre suas histórias e identidades. "Participar desse momento reconhece o esforço dos alunos e o protagonismo deles. O projeto cria um espaço de reflexão sobre a própria história e fortalece o sentimento de pertencimento, contribui tanto para a valorização cultural, quanto para a formação ética e promove uma consciência social dentro e fora da unidade escolar”.
O escritor e poeta Bartolomeu reforçou a importância da iniciativa para a educação e para a valorização da história. "É essencial que a escola ajude a construir consciência e conhecimento. Quando uma criança cresce sabendo do seu valor, ela se protege melhor das pressões de fora e ganha força para enfrentar qualquer tipo de preconceito".
SOBRE O PROJETO
Coordenado pela professora da Unifesp Francisca Pini, o projeto fortalece as ações previstas na Lei 11.645/08 e incentiva práticas que promovem o estudo da história e cultura afro-brasileira na rede municipal. As atividades incluem pesquisas, rodas de conversa, produções artísticas e outras ações desenvolvidas com os alunos e a comunidade escolar.
A programação completa do Mês da Consciência Negra pode ser acessada em https://www.santos.sp.gov.br/?q=hotsite/mes-da-consciencia-negra.
Esta iniciativa contempla o item 4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Educação de Qualidade. Conheça os outros artigos dos ODS