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Experiência do teatro do oprimido será apresentada em congresso na argentina

Publicado: 7 de novembro de 2006
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O resultado do trabalho desenvolvido na rede de Saúde Mental de Santos pelo Centro Teatro do Oprimido será apresentado em Buenos Aires, na Argentina, durante o 5º Congresso Internacional de Saúde Mental e Direitos Humanos, promovido de 16 a 19 deste mês pela Associação e Universidade Popular Mães da Praça de Maio. Vamos tentar reproduzir as dinâmicas que estão sendo aplicadas aqui, na Secretaria de Saúde de Santos, por meio das oficinas desenvolvidas em várias unidades, explica a psicóloga Adriana Fiorini, do Centro de Valorização da Criança da Zona Noroeste (CVC-ZNO). O Teatro do Oprimido não é terapia, mas é terapêutico. Envolve a equipe, trabalha a cidadania e abre o leque de possibilidades ao usuário, aumentando o seu poder de atuação, ressalta o assistente social Fabrício Leonard, que trabalha no Naps 3 e participará do congresso junto com a colega do CVC. PROJETO DE VIDA Foi realizado nesta terça-feira (7), no Espaço Cultural Gilberto Mendes (Rua Euclides da Cunha, 97), o último ensaio das cenas desenvolvidas nas unidades de saúde mental do Município, ao longo deste ano, sob orientação do Centro Teatro do Oprimido (CTO). No próximo dia 28, os usuários e os profissionais/multiplicadores apresentarão no Teatro Coliseu espetáculo com parte do resultado das dinâmicas aplicadas. As cenas mostram situações de conflito e permitem, a cada impasse, que outro usuário ou multiplicador, que está na platéia, participe, tomando o lugar de um dos atores e propondo novo desfecho. Estou voltando ao passado porque já fiz teatro antes. Pra mim é um antidepressivo natural. Eu me sinto muito mais motivado e incentivado, revela o usuário do Naps 3 e da Serp, Pedro Luís Pereira da Fonseca. Eles têm orgulho do que fazem. O teatro faz com que vençam a timidez, um dos fatores que atrapalha a comunicação, e os leva a discutir projetos de vida, afirma a multiplicadora da Senat, Laura Lavorato. TEATRO DO OPRIMIDO As oficinas do CTO estão sendo desenvolvidas em Santos desde maio, numa parceria que tem aval do Ministério da Saúde. O objetivo é promover atividades reflexivas e interativas, dinâmicas e jogos teatrais, junto aos profissionais de saúde mental, para que eles se tornem multiplicadores e reproduzam as situações de conflito e impasse com os usuários. O teatro estimula a participação das pessoas que freqüentam os nossos serviços. Estabelece uma forma nova de comunicação, fazendo com que eles se tornem sujeitos e saiam da função passiva, analisa a coordenadora de Saúde Mental, Paula Covas. O resultado do núcleo montado no Litoral superou as expectativas. O teatro é transformador. Já foram montadas sete a oito cenas, envolvendo diferentes públicos. Os resultados estéticos são interessantes e a evolução dos pacientes é notável, analisa Kelly Di Bertoli, uma das coordenadoras do CTO, em São Paulo.