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Estação de Telessaúde vai mudar para o Parque Tecnológico de Santos

Publicado: 7 de julho de 2025 - 17h59

Santos deu mais um passo rumo à inovação ao transferir a Estação de Telessaúde Integrada de Bem-Estar do Brasil para o Parque Tecnológico, na Vila Nova. A unidade, que antes funcionava na UME Cidade de Santos (Embaré), passará a operar em um espaço que abrange um público maior na região central, resultado de um Termo de Cessão de Espaço assinado entre a Prefeitura, o Programa Santos Jovem Doutor e a Disciplina de Telemedicina da Universidade de São Paulo (USP), nesta segunda-feira (7).

A nova estrutura, que chegará ao parque até o fim deste mês, estará integrada a uma área dedicada ao Programa Santos Jovem Doutor, recentemente inaugurada no mesmo local. O espaço conta com sala ampla e tecnologia de ponta, projetada para formação de professores e uso educacional dos estudantes, além de funcionar como ponto de assistência à população. A mudança marca um novo ciclo para a estação, já considerada pioneira em nível nacional. 

CÁPSULA

A estação de teleassistência é uma espécie de cápsula equipada com tecnologia de última geração, mas com ambientação que remete ao aconchego de uma sala de estar. O projeto foi pensado para acolher o usuário e tornar a experiência de cuidado mais humanizada. Internamente, a estação conta com três câmeras para monitoramento em 360 graus e sistema de auto-higienização, com luz UV-C e oxi-sanitização, garantindo um ambiente sempre limpo e seguro.

O espaço oferece atendimento biopsicossocial remoto por meio de uma equipe multidisciplinar de saúde - médicos, enfermeiros e outros profissionais especializados em telessaúde - além de ações educativas e informativas voltadas para a ciência e a promoção do bem-estar.

INOVAÇÃO SOCIAL

A mudança amplia não apenas o acesso, mas também o impacto da telessaúde. Para a prefeita em exercício e secretária de Educação, Audrey Kleys, a decisão foi estratégica. “A estação já funcionava de forma muito eficaz na escola, mas precisávamos potencializar sua atuação. O Parque Tecnológico é o lugar ideal para atingir mais pessoas e gerar mais oportunidades”.

O secretário de Saúde, Fábio Lopez, reforçou que a iniciativa representa um modelo de inovação social. “Estamos aprofundando a integração entre saúde digital e educação, e essa parceria com a USP, o Parque Tecnológico e o Santos Jovem Doutor é essencial para promover conhecimento e cuidado”.

MULTIPLICAR CONHECIMENTO

O projeto está diretamente conectado ao Programa Santos Jovem Doutor, que desde 2015 capacita alunos do 7º ao 9º ano da rede municipal em saúde, ciência e cidadania. Mais de 3.500 estudantes já participaram da iniciativa,  atualmente presente em 17 unidades. Os jovens se tornam multiplicadores do conhecimento dentro de suas escolas e comunidades, abordando temas como prevenção, empatia e direitos humanos.

“Santos tem essa liderança visionária, com efetividade em saúde, educação e inovação. A transferência da estação para o Parque Tecnológico fortalece ainda mais esse movimento e abre espaço para que outros municípios se inspirem. O futuro chegou”, destacou o professor Chao Lung Wen, chefe da Disciplina de Telemedicina da USP, criador do programa Santos Jovem Doutor e presidente da Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde.

MENTORIAS ESPECIALIZADAS

Outro destaque será o oferecimento de mentorias especializadas para startups que atuam com saúde digital, educação e inteligência artificial em saúde. O trabalho será conduzido por Wen e pela arquiteta Mariana Mie Chao, promovendo um intercâmbio entre a educação básica e o ecossistema de inovação em saúde. A ação está alinhada às iniciativas do INOVA HC-FMUSP e do Laboratório Inova SUS Digital.

O presidente do Parque Tecnológico, Eduardo Bittencourt, comemorou a chegada da estação. “Queremos cada vez mais consolidar uma estrutura de apoio à inovação e à formulação de políticas públicas transformadoras. A telessaúde é um exemplo de como a união de forças pode gerar impactos reais na vida das pessoas”.

OUTROS USOS DA TELEASSISTÊNCIA

Eixos para a atuação da telessaúde nos próximos anos

Ensino Superior (como campo de estágio de cursos de graduação e residências dos cursos da área da Saúde)

Educação Básica (estações de telessaúde nas escolas)

Criação de teleambulatórios biopsicossociais, que visem ao cuidado integral do paciente (orgânico, psicológico e social), inclusive após internações em ambiente hospitalar, já que há pacientes que retornam ao leito do hospital após 35 dias por não executarem corretamente os cuidados em casa

Telessaúde do viajante – para monitoramento da saúde de passageiros e tripulantes de transatlânticos, mas também de navios mercantes e acompanhar potenciais riscos aos funcionários dos portos

Telessaúde do trabalhador

 

BENEFÍCIOS DA TELEASSISTÊNCIA

Transpor barreiras socioeconômicas, culturais e, sobretudo, geográficas, para que os serviços e as informações em saúde cheguem a toda a população

Maior satisfação do usuário, maior qualidade do cuidado e menor custo para o SUS

Atender aos princípios básicos de qualidade dos cuidados de saúde: segura, oportuna, efetiva, eficiente, equitativa e centrada no paciente; redução de filas de espera

Redução de tempo para atendimentos ou diagnósticos especializados

Evitar deslocamentos desnecessários de pacientes e profissionais de saúde

 

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS

Fotos: Isabela Carrari/Arquivo e Carlos Nogueira