Esporte se despede de Claudio Clarindo
Um dos dez melhores ciclistas de longa distância do mundo, o santista Claudio Clarindo faleceu na manhã desta segunda-feira (25), após ter sido atropelado enquanto treinava na Rodovia Rio-Santos.
Amigos e companheiros do esporte prestaram sua última homenagem ao ciclista. “O que resume o sentimento é tristeza. Ele morreu fazendo o que mais gostava, em cima de uma bicicleta. Vai ser lembrado como mais que um atleta. Uma bandeira do esporte. Começamos praticamente juntos no triatlo”, lembra Paulo Miyasiro, diretor-presidente da Fundação Pró-Esporte.
Treinador da equipe Fast Wheels/Fupes de paradesporto, Eduardo Leonel também lembrou emocionado do amigo. “O que as pessoas mais próximas conhecem é um cara que sempre brigou pela modalidade e pelo esporte como um todo. Perdemos um soldado do esporte, um cara que me ensinou muito. O Clarindo ajudou demais nosso projeto paradesportivo. Ele sempre apoiou, aconselhou. A Fast Wheels está de luto”.
Clarindo teve seu início esportivo como nadador, mas foi em 1992 que iniciou no triatlo, conquistando alguns títulos na categoria júnior, concluindo mais de 200 provas na modalidade. No Ironman Brasil realizou por dois anos consecutivos a melhor natação do evento.
Mas foi no ciclismo de longa distância que ele escreveu seu nome na história do esporte. Concluiu cinco vezes a RAAM (Race Across America), prova que atravessa todo os Estados Unidos, de Oceanside, na Califórnia, até Annapolis, em Maryland.
“Como atleta era um cara que tinha uma meta e ia atrás até conseguir. Como pessoa, sempre alegre, sorridente, sempre brincando. Na área profissional, muito competente, comprometido com o esporte. Era um amigo e um parceiro”, lembra o secretário de Esportes, Alcídio Mello, Cidão.
Claudio Clarindo tinha 38 anos e se preparava para disputar o circuito mundial de ciclismo de longa distância nesse ano. Também era coordenador de esportes de praia da Secretaria de Esportes. Ele deixa mulher e filho.
Foto: Francisco Arrais