Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Energia elétrica muda rotina dos moradores do iriri

Publicado: 5 de maio de 2009
0h 00

Lampiões, velas, lanternas, baterias e geradores deixaram, definitivamente, de fazer parte da rotina das cerca de 40 famílias do Iriri, na área continental de Santos. Há quase um ano, o bairro, localizado entre os quilômetros 235 e 237 da Rodovia Rio/Santos, passou a contar com o serviço de energia elétrica, após mobilização da comunidade e participação direta da prefeitura. Hoje, a comunidade pode usufruir de todos os tipos de eletrodomésticos e aparelhos elétricos, como televisão, chuveiros e ventiladores, além de iluminação pública. "Antes dava medo de andar na escuridão e, muitas vezes, a gente até caía pelas ruas. Sempre tinha que andar com lanterna", conta a pensionista Lucinete da Luz Garcez, 55 anos, moradora há sete anos no Iriri. A economia também é destacada por ela, que paga uma conta de luz de cerca de R$ 60,00. Anteriormente, seus gastos com gelo, vela, lampião, bateria e pilhas para lanterna giravam em torno de R$ 100,00 por mês. "Somente para assistir a duas horas de televisão eu gastava R$ 5,00 com a bateria". A falta de energia elétrica afastou do bairro, por oito anos, o casal Santina de Lourdes Martins, 59 anos, e José Francisco, 67. Assim que a energia chegou ao local eles retornaram e, agora, também podem contar com diversos eletrodomésticos, como máquina de lavar, ferro de passar e fogão. Mas, a principal conquista para Santina é poder usar sua geladeira, pois prepara e vende pão caseiro. "Antes tinha que ficar mantendo os produtos na caixa com gelo. A chegada da luz melhorou minha vida em 200%". Já o lavrador Antônio Alves Lopes, 59 anos, destaca o melhor conforto que a energia elétrica trouxe, principalmente na hora do banho. "Antigamente para tomar banho quente tinha que esquentar a água", relata. Ele também ressalta a comodidade em poder assistir televisão dentro de sua casa. "Antes a gente só ficava escutando o rádio". Para sua esposa, Cristina, as atividades da casa também foram facilitadas. "Para fazer comida hoje eu posso usar liquidificador, batedeira... e antes tudo era feito à mão". HISTÓRICO A energia elétrica no bairro, reivindicada pelos moradores por mais de 40 anos, foi acionada no dia 3 de junho de 2008, após trabalho articulado pela prefeitura, que envolveu as empresas CPFL Piratininga, Elektro e Transpetro, órgãos reguladores e Ministério Público.