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Embaré faz 126 anos amanhã (16)

Publicado: 14 de setembro de 2001
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O Embaré completa 126 anos amanhã (domingo 16/9). O bairro, que começou a ser ocupado por volta de 1830, se caracteriza por ter em sua área a convivência de duas tendências distintas: a residencial e a comercial. A cada dia, o comércio toma conta das principais vias, como as avenidas Afonso Pena, Epitácio Pessoa, Pedro Lessa e Rua Conselheiro Lafayete. Para o presidente da Sociedade de Melhoramentos, Jacob Levi Horowicz, de 67 anos (há 26 anos residindo no Embaré), a proximidade com o mar e a existência de diversos estabelecimentos comerciais, como açougues, farmácias e padarias trazem conforto aos moradores locais. Estamos satisfeitos com o que temos. O bairro dispõe de todos os equipamentos necessários para melhorar a nossa qualidade de vida, ressalta o advogado aposentado que antes vivia na Capital. Ele explica que a boa iluminação e a pavimentação de quase todas as áreas públicas do Embaré, serviços executados pela Prefeitura, também contribuíram para aumentar o bem-estar de quem habita ou trabalha na região. Jacob fala, ainda, dos tempos em que o bairro era uma grande gleba cercada por chácaras. Com orgulho, conta que Pelé, o Atleta do Século, chegou a morar na casa situada na Rua Oswaldo Cóchrane, defronte à Rua Prost de Souza. A mesma satisfação expressada por Jacob é manifestada por outros munícipes ali radicados. O espanhol Francisco Fernandes Alejandro, de 79 anos, afirma que seu bairro, onde reside há 30 anos, é o melhor da Cidade: Por minha vontade, não mudaria nunca do Embaré, pois gosto muito daqui. Com 67 anos de idade e 46 de Embaré, o taxista Joaquim Fraga Carvalho salienta a tranqüilidade da Rua Frei Francisco Sampaio, onde mora. A história do bairro nesse 126 anos também tem um lado folclórico, de muitos casos. Entre eles, destacam-se o da Casa de dona Balbina (motel de alta rotatividade na década de 50, na Vila Hayden) e o da suspeita de traição que os freis italianos da Basílica de Santo Antônio sofreram durante a Segunda Guerra Mundial. ORIGEM Do tupi-guarani Mbar-He, o nome do bairro é uma referência às capacidades curativas das águas de Santos, que, até a primeira metade do século XX, eram muito salitradas e iodadas. No princípio, a praia do Embaré abrangia toda a orla, da Ponta da Praia até o José Menino. A história da região está intimamente ligada a de seu maior símbolo, a Basílica de Santo Antônio. Construída a partir de uma capela, inaugurada em setembro de 1875, a atual igreja começou a ser edificada em 1930 pelos frades capuchinhos, sendo aberta ao público quatro anos depois. No século XIX, o terreno onde está localizada era uma chácara que pertencia ao visconde do Embaré, Antônio Ferreira da Silva Júnior, responsável pela construção da capela, que acabou abandonada. Toda em estilo gótico, a basílica passa por uma restauração completa. A recuperação, dividida em três fases (fachada, laterais e convento), é financiada com recursos obtidos com a Campanha Metro Quadrado, promovida pela própria comunidade. De acordo com o paroquiano Amadeu de Almeida Filho, 61 anos, a importância da obra está na conservação de um dos monumentos mais belos do Município: A Basílica de Santo Antônio é um patrimônio histórico e os santistas não podem dar as costas a este fato.