Doenças respiratórias: as vilãs do inverno
Todo ano é a mesma coisa. Basta a temperatura cair para a maioria das pessoas começar a reclamar. Tosse, coriza, nariz entupido, febre e dores no corpo. Estes são os sintomas mais freqüentes das gripes, resfriados e outras doenças do inverno ou seja, dos males que aparecem com maior gravidade nos meses mais frios do ano, mesmo numa Cidade quente como Santos. Nos prontos-socorros da Cidade o número de atendimentos de doenças respiratórias cresce, no inverno, de 30 a 50%. Para se ter uma idéia, no Pronto-socorro da Zona Leste foram registrados, em maio do ano passado, 1.235 casos das doenças, como bronquite, asma e pneumonia, contra 887 casos consultados em março, quando ainda estava calor. Outra doença comum no inverno é a conjuntivite. Basta dar uma olhada no número de casos notificados à Seção de Vigilância Epidemiologia (Seviep) para notar a alta incidência nos meses frios. A média de 45 casos, registrada em janeiro, fevereiro e março, praticamente dobra em junho, julho e agosto. CUIDADOS As oscilações de temperatura durante o outono e inverno, a exposição ao frio e a permanência em ambientes fechados deixam as pessoas mais suscetíveis às infecções virais, principalmente idosos e crianças. Por isso, todo cuidado é pouco. Devem ser evitados ambientes fechados e as roupas de frio lavadas antes de serem usadas. É preciso dar atenção especial à limpeza, evitando acúmulo de pó e mofo, além de se beber bastante líquido e ter alimentação saudável. É importante também se agasalhar de acordo com a temperatura e evitar a automedicação. As pessoas devem procurar atendimento médico para prevenir as complicações dessas doenças, alerta a pediatra e coordenadora de Saúde da Criança, Regina Braghetto, ressaltando que as infecções agudas são a principal causa de visita aos consultórios pediátricos.