Discriminação contra religiões africanas foi tema de seminário
Os preconceitos que ainda existem contra praticantes do candomblé, umbanda e outras crenças afro-brasileiras foi tema de 1° Seminário Regional de Religiões de Matrizes Africanas, realizado sábado (1), pelo Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Santos. Mais de 200 pessoas de toda a região lotaram o salão do Hotel Avenida Palace, participando com grande interesse da palestra de abertura, pela manhã, a cargo do secretário de Estado da Justiça, Hédio da Silva Júnior. Ele falou sobre aspectos legais relativos à intolerância religiosa, prestando orientação relativa aos direitos dos cidadãos sobre a prática dos cultos, garantidos pela Constituição. Silva Júnior é jurista e consultor da Secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República. As palestras prosseguiram durante todo o dia. A yalorixá Arlete D´Yewá abordou a questão religiosa sob o prisma da educação, enquanto o pai Celso de Oxaguiã falou sobre o aspecto da saúde. A abordagem cultural ficou a cargo do pai Francelino de Shapanan, e o pai Guimarães de Ogum discorreu sobre a conscientização política dos praticantes. Também aconteceram apresentações de dança e música a cargo do grupo Arte no Dique e Afroketu. No final do seminário, foram apresentadas propostas de combate à discriminação religiosa, que auxiliarão na formulação de políticas públicas municipais, estaduais e federais.