Desfile das campeãs encerra carnaval 2006
Quem prestigiou o desfile das campeãs do Carnaval santista, no último sábado (4), conheceu na prática o sentido da palavra apoteose. Presenciou a glorificação e o esplendor das seis escolas de samba vencedoras e o conjunto de honras e homenagens prestadas. Já para quem teve a oportunidade de pisar novamente na passarela Dráusio da Cruz, na Zona Noroeste, foi um momento de sonho, de compartilhar a alegria e festejar, mais uma vez, o retorno do desfile oficial. As pedaladas explosivas do mascarado ciclista prateado despertaram as arquibancadas e deram início ao desfile, aberto oficialmente pela Corte Carnavalesca. A primeira escola a entrar na avenida foi a Bandeirantes do Saboó, quarta colocada. A integrante grávida do primeiro carro chamava atenção e ilustrava o enredo, sobre o linear de um novo tempo. Depois veio a Unidos da Zona Noroeste, que não deixou a forte chuva estragar a festa. A coreografia sincronizada dos índios da comissão de frente parecia uma verdadeira dança da chuva. O público permaneceu nas arquibancadas a noite toda, apesar da chuva durante metade do desfile. Eu gosto de ver a animação dos outros. Gostei muito dos carros da Brasil, bonitos e brilhosos, comentou o aposentado Urbano Luiz Simões, 53 anos, que nos dias do desfile viu as escolas do lado de fora, porque não conseguiu ingresso. Quem também só veio para a apoteose foi a estudante Suellen Pamela dos Santos, que viajou no Carnaval. Eu vim prestigiar porque desde criança freqüento escola de samba. Gosto de ver e também de dançar. Pena que a minha escola não ganhou. Quem sabe o ano que vem, disse a simpatizante da X-9, ansiosa para assistir ao desfile da Sangue Jovem. À meia-noite em ponto o locutor oficial do desfile anunciou. A chuva foi embora para a União passar. E realmente, depois que a União Imperial passou não choveu mais. Após a premiação realizada sempre a cada escola, quando a bateria se posicionava em frente aos camarotes. PRIMEIRAS COLOCADAS Assim como no Caldeirão da Vila Belmiro, os torcedores-foliões saudaram a Escola de Samba Sangue Jovem com um show de luzes e fumaça. Na hora da premiação veio o tradicional grito: Santos, Santos!!! e a presença do presidente do clube, Marcelo Teixeira. Já a Padre Paulo foi recebida com o grito de bicampeã, por ter vencido a disputa no último desfile, em 2000. Após um banho de champanhe, o presidente da escola, Robson Rett, lançou o samba-enredo do ano que vem: O sacerdote que queria ser santo na terra de Martim Afonso. Encerrando o desfile, a Brasil, que tinha a lua como tema, viu o sol raiar na avenida. Na hora da premiação, uma homenagem à personagem símbolo da agremiação, falecida em 2004. Um rufo para dona Isaurinha, ordenou Robson à bateria.