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Dermatologista alerta para uso diário do filtro solar

Publicado: 17 de novembro de 2009
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Com a proximidade do verão, as praias começam a ficar lotadas de munícipes e turistas que levantam da cama animados quando o sol aparece. E então pode começar um problema: a falta ou o uso incorreto do filtro solar ou bloqueador que protege a pele dos raios UVA e UVB, causadores da queimadura, do envelhecimento precoce e que estimulam alterações celulares, predispondo o organismo ao câncer de pele e outras doenças. De acordo com a dermatologista da rede municipal, Maria Cristina Fernandes, os cuidados devem ser redobrados, não só na praia, como no cotidiano, incluindo os dias nublados, independente da idade e do tipo de pele. O índice de raios UVA e UVB sobre os seres humanos tem aumentado significativamente, em especial no verão, das 10h às 16h. "Apesar de cientistas afirmarem que o crescimento do buraco da camada de ozônio estacionou, nós ainda sofremos as consequências", explicou a médica. São dois tipos de filtro: o químico, mais usado, que deve ser reaplicado a cada 90 minutos; e o físico, semelhante a uma máscara que deixa a pele com tom esbranquiçado, e é mais indicado para crianças. O protetor de FPS (Fator de Proteção Solar) acima de 30 é o ideal para todas as idades. "E não se enganem com o FPS 100 porque não haverá grandes mudanças na proteção", alertou. Outra recomendação pode ser checada na embalagem do produto: para ser um bom filtro antienvelhecimento e antimanchas, o produto tem que ter o PPD (índice de pigmentação persistente) que mede o UVA, cujo número deve equivaler a um terço do filtro. Ou seja, um protetor com FPS 30 precisa ter PPD 10. Para ter segurança, é importante passar o filtro de forma abundante 15 minutos antes da exposição solar e reaplicá-lo a cada 90 minutos, se não suar ou não se molhar. Entretanto, o uso deve começar aos seis meses de idade para evitar doenças causadas pelo efeito cumulativo de exposição ao sol. "Deve ser como o hábito de escovar os dentes. A probabilidade de ter câncer de pele diminui em até 80% se o uso do filtro for diário até os 18 anos, quando o ser humano fica mais exposto ao sol", disse Maria Cristina. BROZEADO Para quem não abre mão da cor do verão, é preciso ter paciência e mudar hábitos, como tomar sol de manhã cedo ou no fim de tarde, se quiser prevenir doenças. Nenhum filtro tem 100% de proteção, e assim a pele irá bronzear gradativamente, ao invés de queimar, e com a vantagem da cor ficar duradoura e mais bonita, segundo a dermatologista. Com o passar dos dias, as pessoas notarão o bronzeado desejado, pois a melanina, proteína responsável pela pigmentação da pele, precisa de um tempo para ser produzida no organismo e liberada pelas células. Outro recurso utilizado, principalmente pelas mulheres para manter o bronzeado o ano todo, está com os dias contados. No último dia 11, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu do uso de equipamentos de bronzeamento artificial em clínicas estéticas. A Agência Internacional para Pesquisa do Câncer, ligada à OMS (Organização Mundial da Saúde), confirmou que tais equipamentos aumentam em 75% o risco de câncer de pele em pessoas que utilizam o bronzeamento artificial até os 35 anos de idade. RADIAÇÃO Muito comentados, mas pouco entendidos, os raios UVA e UVB têm suas diferenças. Para começar é importante saber: a radiação ultravioleta (UV), que chega ao planeta, vem da luz solar e é fundamental para a preservação do calor e existência da vida, mas com os buracos na camada de ozônio ficamos sem a proteção necessária. Essa radiação se divide em UVA e UVB, além de UVC que não chega à Terra. Aparentemente menos nocivo por não deixar a pele vermelha, o UVA, presente nas quatro estações, atravessa vidros de carros e janelas, envelhece a pele precocemente e provoca alergias. Já o UVB fica potencializado no verão, penetrando superficialmente na pele, mas causando as queimaduras e doenças, como o câncer de pele e lúpus.