Dependente do samba estreia com a luta dos negros

A luta dos negros foi retratada pela também estreante ‘Mocidade Dependente do Samba’, segunda escola a entrar na avenida na noite de domingo (22). Os 500 componentes apresentaram, em 38 minutos, o enredo ‘Sopram os ventos africanos do além-mar, pelas espumas verdejantes, aos quilombos de Santos, o berço da liberdade’, em 14 alas e três carros alegóricos. O desfile foi marcado pelo colorido das fantasias. Em alusão ao continente africano, a escola, além de suas cores azul, amarelo, preto e branco, também apostou no laranja, marrom e nas estampas de bicho, como onça e zebra. A cor vermelha esteve presente na comissão de frente e na ala das baianas. O carro abre-alas mostrou a estrela guia e duas panteras negras símbolos da agremiação. Expressão da cultura brasileira, a capoeira também foi abordada em ala formada por capoeiristas, que intercalavam samba e movimentos da luta dos escravos. O desfile da escola, fundada em junho de 2008 e batizada pela carioca Padre Miguel, contou com a presença da artista Rita Cadillac, madrinha da bateria, formada por 80 ritmistas, que representaram os guerreiros africanos. Outro destaque foi uma porta-bandeira grávida, que rodopiava na avenida arrancando aplausos do público. O último carro alegórico exaltou personagens do samba santista, como Dráusio da Cruz, que dá nome à passarela, além de pai Felipe Rei Batuqueiro, Generoso da Cuíca, tia Euclydia, Esmeraldo Tarquínio, entre outros.