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Debates em Santos abordam luta antimanicomial e reabilitação psicossocial

Publicado: 21 de maio de 2025
15h 59

Maio é o mês dedicado à luta antimanicomial. Com o objetivo de atrair discussões sobre o assunto, a Secretaria de Saúde de Santos (SMS) promove uma série de ações ao longo do mês para ampliar a reflexão sobre os direitos das pessoas em sofrimento mental e fortalecer as práticas de cuidado em liberdade. Nesta quarta-feira (21), a Seção de Reabilitação Psicossocial (Serp), em parceria com o Sesi Santos, realizou debate e exposição de trabalhos de usuários da rede de saúde mental, na sede do Sesi (Zona Noroeste).

A programação incluiu palestras e rodas de conversa com a presença de profissionais, gestores, estudantes, acolhidos e familiares, reforçando o compromisso com uma saúde mental pública, humanizada e antimanicomial. Os trabalhos expostos foram produzidos nas ‘Oficinas Mentes Criativas’, valorizando a expressão artística, a autonomia e o protagonismo dos pacientes em seus processos de cuidado e reabilitação. 

A chefe da Unidade 1 da Seção de Reabilitação Psicossocial (Serp), Brenda Bocchi, enfatizou que é mais um momento de fortalecimento e reafirmação, através da arte, que marca a luta pela cidadania e pela possibilidade de vida fora dos hospitais psiquiátricos para pessoas que foram privadas de liberdade por muitos anos. “O lugar dessas pessoas é na sociedade e precisamos cuidar desses pacientes com liberdade, dignidade e em sua diversidade, para que possam se reinserir na sociedade através da economia criativa, com a produção de artesanatos e outros trabalhos. Esta luta é de toda população, de usuários, familiares e, inclusive, profissionais”.

C. de 45 anos, paciente do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Centro, falou que reencontrou o gosto pela vida depois que começou o tratamento. “Do CAPS, onde ainda frequento, fui encaminhada para a Serp e lá comecei a desenvolver uma atividade que me trouxe de volta à vida, ao trabalho, convivência com as pessoas, com a minha família e comigo mesma”.

HISTÓRICO

A Prefeitura de Santos avançou muito no processo de desinstitucionalização de pacientes psiquiátricos e é pioneira no cuidado com a saúde mental à nível nacional. No ano de 1989, realizou uma intervenção que fechou as portas da Casa de Saúde Anchieta, fato que é considerado o marco inicial da luta antimanicomial do país.

Com o fechamento, se seguiu uma reforma psiquiátrica que deu origem aos Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS), que posteriormente se tornaram os CAPS, que são a porta de entrada para o tratamento de saúde mental. A iniciativa acabou se tornando política pública em todo o Brasil.

 

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS