Curso sobre alimentação escolar reúne conselheiros de vários municípios
O 1º Curso de Capacitação para Conselheiros de Alimentação Escolar reuniu, nessa sexta-feira (6), no auditório da Prodesan, cerca de 60 representantes e conselheiros de Alimentação Escolar dos nove municípios da Baixada Santista (Santos, Cubatão, Bertioga, Guarujá, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe) e também da região metropolitana de São Paulo (Santo André, São Bernardo do Campo, Rio Grande da Serra, Diadema e Mauá). A capacitação, numa parceria da Prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação de Santos (Seduc/Coordenadoria de Merenda Escolar), foi organizada pela Associação de Apoio a Políticas de Segurança Alimentar Apoio Fome Zero e abordou temas relacionados com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). De acordo com Walter Belik, professor da Unicamp e diretor superintendente do Apoio Fome Zero, esse encontro em Santos é importante porque, pela primeira vez, está reunindo representantes da sociedade civil preocupados com a questão dos recursos aplicados e na qualidade da alimentação escolar. Os objetivos foram dar noções sobre prestação de contas, formas de licitação, como oferecer uma dieta balanceada nas escolas e como desenvolver a economia local. Para a representante do Conselho de Alimentação Escolar de Mauá, Rosa Basso Araújo, o encontro é bastante esclarecedor e permite uma troca de informações. Os temas foram apresentados por técnicos destacados pelas seguintes entidades parceiras do projeto: Associação Brasileira de Nutricionistas (Asbran), Conselho Federal de Nutrição (CFN), Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC-SP), Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE) e Tribunal de Contas da União (TCU). MERENDA ESCOLAR A Prefeitura de Santos, por intermédio da Seduc, fornece por dia cerca de 80 mil merendas, para aproximadamente 55 mil crianças e adolescentes da rede municipal, escolas estaduais de Ensino Fundamental, entidades assistenciais, centros de convivência (cecons), casas-abrigo da Secretaria de Ação Comunitária e Cidadania (Seac) e creches. O cardápio para cada faixa etária segue as Recomendações Dietéticas Nutricionais (RDN) sendo elaborado por uma equipe de nutricionistas da Seduc, com alimentos ricos em proteínas, vitaminas, cálcio e ferro. Os produtos adquiridos pela Seduc obedecem ao processo de licitação pública e são exigidos Fichas Técnicas, Laudos Bromatológicos, Alvará Sanitário; e Teste de Degustação e Aceitabilidade entre os alunos. Nas creches e nas escolas municipais de Educação Infantil (emei) de período integral são oferecidas cinco refeições; nas demais unidades de Ensino Fundamental (emef) e emeis, com períodos parciais, duas refeições diárias (café da manhã e almoço ou almoço e lanche da tarde). No período noturno é servido jantar aos alunos da Educação de Jovens e Adultos. ESTOQUE A Coordenadoria da Merenda Escolar (Comesc) da Seduc adquire por ano 140 toneladas de pão; 200 toneladas de carnes e derivados; 80 toneladas de arroz; 80 toneladas de feijão; 60 toneladas de macarrão parafuso e espaguete; 18 toneladas divididas em arroz doce, pudim de chocolate e mingau de leite; 9 toneladas de açúcar; 495.200 litros de leite; 70 toneladas de bolo e biscoito e 10 mil quilos de refresco, entre outros. Os gastos com hortifrutigranjeiros atingem a ordem de R$ 450 mil. Além de arcar com a maior parte do que é gasto com alimentos (63% de cerca de R$ 4 milhões por ano), a Seduc ainda assume a compra de gás em suas unidades e nas escolas estaduais. O restante da verba provém dos Governos Federal e Estadual.