Curso alerta sobre co-infecção aids/hepatites
Cerca de 15 técnicos estiveram presentes, no Centro de Orientação e Aconselhamento (Coas), participando de palestra sobre co-infecção Aids/hepatites realizada pela Coordenação do Programa de DST-Aids/Hepatites, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O objetivo da palestra é melhorar o atendimento na área, como explica Adair Botelho, que atua na Coordenação do Programa. O curso foi dirigido para a equipe técnica da SMS, para os universitários e técnicos dos municípios da Baixada que trabalham com as DSTs/Aids. O infectologista, especialista em hepatites virais e também professor da Universidade Osec-SP e da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), Edgar de Bertholi Santos, explicou os problemas decorrentes da co-infecção, ou seja, quando a pessoa é portadora de dois vírus. O co-infectado com Aids/Hepatite B, por exemplo, é mais propício a outras infecções e, portanto, merece um cuidado minucioso. "Em torno de 10% dos casos de hepatite B podem evoluir para a forma crônica da doença, trazendo lesões ao fígado". A Hepatite B é transmitida por meio do contágio de sangue, relação sexual sem preservativo, uso de seringas contaminadas, entre outras. É uma doença sem sintomas aparentes, um dos sinais é sentir dor nas articulações. Nem todos os co-infectados apresentam lesão hepática apesar de terem alta carga viral. Um fator importante é que o vírus HIV pode interagir com o vírus HB. Pacientes HIV e HB tem 22% de fibrose, já os somente HIV tem 6%. Uma das drogas utilizadas no tratamento da doença é o Interferon que traz uma resposta de 10% de imunidade, já a Ladivudina reduz de 86 a 100%, a presença do vírus no organismo. A profilaxia na co-infecção HIV/VHB depende do comportamento do indivíduo, se há ou não comportamento de risco e perda dos anti-corpos. A vacinação é essencial, 95% das pessoas vacinadas produzem anti-HBS. HEPATITE C A contaminação da Hepatite C ocorre mais em usuários de drogas injetáveis, já que a transmissão se dá pela corrente sangüínea. É recomendado o uso do preservativo, embora a probabilidade de infecção por relação sexual seja baixa, em torno de 8%. Não existe vacina para essa doença e 80% dos casos evoluem para a cronicidade, sendo que esse índice aumenta para o paciente co-infectado. O efeito da infecção do HIV sobre a evolução do vírus da HB causa o aumento da carga viral, ocorrendo assim, mais chance de lesão hepática. EXAMES O Centro de Orientação e Aconselhamento (Coas) realiza exames de sangue gratuitamente, as segundas, quartas e sextas-feiras, em dois horários, às 7h45 ou às 13h45. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3251-6036.O Coas fica na av. Pinheiro Machado, 580.