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Crítico de arte fala sobre artistas que ocuparam o palco do coliseu

Publicado: 20 de janeiro de 2006
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Os deuses do teatro, como se costuma dizer no meio artístico, certamente estão eufóricos. O Coliseu, que será entregue no dia 25, é um lugar de aura mística onde se escreveu a história teatral em Santos, além de referência para o resto do País. As personalidades ilustres do meio artístico nacional e internacional que se apresentaram no palco do teatro foram registradas pela pena de Enzo Poggiani, um dos mais importantes críticos de arte. Advogado de formação, o italiano Poggiani escreveu durante nove anos no jornal de A Tribuna nos anos 50. "São inúmeros acontecimentos. A Cidade fervia na área artística e cultural, inclusive com temporadas de ópera. E o Coliseu foi um dos principais palcos". Com 81 anos, Poggiani recorda que Santos foi uma das primeiras cidades brasileiras a reverenciar o pianista João Carlos Martins. "Em maio de 1956, ele fez um concerto deslumbrante. Era um jovem genial que se transformou num dos maiores pianistas do mundo. O teatro estava repleto de gente elegante, como era costume na época, e João Carlos foi muito aplaudido". Poggiani também lembra da vinda do compositor Heitor Villa-Lobos ao Coliseu. "No final dos anos 50, ele regeu uma de suas peças no Coliseu lotado. No entanto, a platéia não entendeu o gênio inovador de Villa-Lobos, um dos maiores compositores das Américas. Tanto que no final do concerto restaram somente 300 pessoas". OTELO Das inúmeras apresentações no Coliseu, onde brilharam Cacilda Becker e Tônia Carrero, entre outros atores, Poggiani recorda com especial atenção da peça Otelo, de Shakespeare, protagonizada por Paulo Autran. "Acredito que tenha sido uma das maiores performances de Otelo da história do teatro. Autran é o ator mais brilhante do Brasil e brindou os santistas com sua arte", disse Poggiani.