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Conferência destaca avanços no controle social de serviços

Publicado: 10 de agosto de 2015
14h 07

Trabalhadores e usuários da política de assistência social participaram, nesta segunda-feira (10), da 11ª Conferência Municipal de Assistência Social. O encontro mostrou o avanço do controle social sobre os serviços. Um dos indicativos desse progresso foi a participação de 574 pessoas nas 17 pré-conferências realizadas este ano.

A presidente do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), Maria de Lourdes Velasques, afirmou que, além da participação dos trabalhadores de todos os serviços da Secretaria de Assistência Social (Seas), a mobilização incluiu o público atendido em ONGs, que também realizaram pré-conferências.

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A presidente do CMAS disse estar preocupada com o atraso nos repasses do Ministério do Desenvolvimento Social para as secretarias de Assistência Social de todo o País. “Esperamos que os repasses sejam regularizados para não colocar em risco o avanço obtido nos últimos anos”.

As discussões na conferência foram divididas em três subtemas: enfrentamento das situações de desproteção social; pacto federativo e consolidação do Sistema Único de Assistência Social; e fortalecimento do controle social para uma gestão democrática.

Ex-moradores de rua dizem que fartura de doações atrapalham

Jucimeire Freitas, 32 anos, e Emily Fernandes, da mesma idade, viveram em situação de rua e participaram da 11ª Conferência Municipal de Assistência Social. A primeira como delegada e a outra como ouvinte.

As duas são categóricas em afirmar que Santos é a cidade com mais doações, incluindo comida, roupa e dinheiro. “Eu vivi 18 anos na rua e, em Santos, é mais difícil sair dessa condição, porque tem muita gente dando comida, roupa boa, dinheiro. Trabalho é difícil oferecerem, mas o resto...”, aponta Jucimeire.

A carioca Emily Fernandes diz que o Rio de Janeiro, mesmo sendo uma cidade maior e mais populosa, não tem tanta doação quanto em Santos. “As pessoas pensam que ajudam, mas no fundo atrapalham, porque você ganha roupa e comida sem fazer força”.

Foto: Francisco Arrais