Comportas são desobstruídas e reabertas
A Prefeitura ainda trabalha no reparo dos problemas acarretados pela forte ressaca do mar, ocorrida no final de semana, como a liberação das comportas da orla que ficaram obstruídas pela areia que assoreou os canais. Duas das três comportas voltaram a ser abertas pela Secretaria de Meio Ambiente (Semam), que está acompanhando os serviços de limpeza dos canais - para reabertura dos equipamentos feitos pela Prodesan e Terracom. Já estão abertas as comportas dos canais 3 e 2 e, desde ontem (09), os trabalhos estavam concentrados na do Canal 1. Foram priorizados os pontos mais problemáticos, o Departamento de Controle Ambiental (Decontram). No caso do Canal 2, a escavação, além do desassoreamento, permitiu a localização do ponto (botão) de acionamento da comporta, que ficava no trecho de mureta que foi destruído pela força das águas. Ainda esta semana, todas as comportas faltam as dos canais 4, 5 e 6 deverão estar desobstruídas, sendo abertas de imediato. Comentando sobre o fenômeno que atingiu todo o litoral brasileiro e deixou muitos estragos, ela lembrou que a ressaca é uma manifestação da natureza que ocorre geralmente duas vezes por ano, nos meses de maio e julho. E ainda, a necessidade de as comportas, durante todo o período da ressaca, permanecerem fechadas, uma vez que se fosse o contrário, ou seja, caso ficassem abertas, os danos seriam ainda mais graves. Haveria entupimento maior das galerias, causando comprometimento da drenagem, já que a areia trazida avançaria ainda mais, destacou, para lembrar que há dois anos houve uma experiência de manter as comportas abertas durante a ressaca. O resultado mostrou que as conseqüências são reduzidas de maneira significativa, com os equipamentos fechados. AUTOMATIZAÇÃO Observando que durante a ocorrência de ressaca o assoreamento dos canais é inevitável, o Decontram acrescentou que com as comportas abertas, a areia avança ainda mais, levada pelas águas que entram pelo canal com maior velocidade, na medida que não encontram nenhuma barreira. Outro aspecto que esclarece é que a água quando invade o canal vem empurrada pela ressaca, mas quando sai não tem a mesma velocidade. Assim, ao contrário do que podem pensar alguns, não tem força para trazer a areia de volta. Para a Semam, a preocupação no pós-ressaca é liberar o mais breve possível as comportas, abrindo-as rapidamente para evitar, em caso de chuva forte, o risco de inundações. O fenômeno ocorrido no final de semana, será considerado também na implantação do sistema de automatização, serviço já iniciado. Os técnicos da Secretaria estarão repassando todas as informações sobre os problemas verificados à JCN Comércio e Representação Ltda., empresa responsável pela execução do projeto, que vai garantir o acionamento automático de todas as seis comportas da orla.