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Comitiva da indonésia conhece ações contra aids em santos

Publicado: 8 de agosto de 2005
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O vice-governador de West Java, na Indonésia, Bapak Numan, conheceu em Santos, na última sexta-feira (6), a operacionalidade dos programas de combate ao HIV/Aids desenvolvidos na Cidade. O mandatário da região mais produtiva daquele pais veio acompanhado de uma comitiva formada pela deputada federal Ibu Aisah, o gerente (o mesmo que secretário) Edi Saparwoko e técnicos do Ministério da Saúde. A intermediação do encontro foi agendado pelo médico infectologista Fábio Mesquita, que desde fevereiro deste ano presta serviços de consultoria no campo de redução de danos para o governo indonésio, subvencionado por um tratado de Cooperação Internacional Austrália/Indonésia. O grupo conheceu à tarde o trabalho do Instituto de Estudos e Pesquisas em Aids de Santos (Iepas), primeira ONG brasileira a lidar com redução de danos. Santos foi o único município que não ostenta o grau de Capital de Estado a ser consultado pelos estrangeiros. O grupo indonésio está no Brasil, segundo Fábio Mesquita, desde o dia 1º de agosto, numa tentativa de aprender como diminuir o impacto da epidemia que o nosso país já ultrapassou e eles estão começando a conviver agora. A agenda de trabalho em solo brasileiro incluiu, no Rio de Janeiro, visita às instalações dos laboratórios da Fio Cruz (Fundação Osvaldo Cruz), produtora de medicamentos retrovirais, os genéricos nacionalizados para o combate da doença. Em Brasília, a comitiva conheceu o Programa Nacional de Combate à Aids, do Ministério da Saúde, e manteve contado com a Frente Parlamentar de Luta Contra a Aids, no Gongresso Nacional. Em São Paulo, a visita durou dois dias: Centro de Tratamento de Drogas, da Escola Paulista de Medicina; Câmara Municipal (discussão de legislação específica); Programa Municipal de Aids e Centro de Treinamento de Referência do Estado de São Paulo. A Indonésia é o quinto pais com epidemias explosivas de Aids, sendo superada apenas pela Rússia, Ucrânia, China e Índia. O maior meio de contágio (80%) é pelo uso de drogas injetáveis, especialmente a heroína, produzida em abundância no chamado "triângulo de ouro": China, Tailândia e Mianmar, antiga Birmânia.