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Combate ao lixo nas ruas tem adesão de crianças e adultos

Publicado: 27 de fevereiro de 2015
20h 28

Entre as muitas atividades educativas realizadas nesta sexta-feira (27), na areia da praia junto à Concha Acústica, como parte da campanha Cidade sem Lixo, a Cia. Espalharramas de Teatro divertiu e conscientizou 75 estudantes de escolas municipais sobre as consequências do descarte irregular do lixo. Brincando, o grupo falou sobre coisas sérias como a morte de animais marinhos, alagamentos e doenças provocadas pelas enchentes.

“Muitos jogam o lixo no chão automaticamente e quando mostramos isso no teatro, alguns se conscientizam e outros se incomodam. Mas isso mostra que a mensagem chegou”, explica Rogério Ramos, do grupo teatral.

Quem acompanhou entendeu a mensagem. “É chato ver tanto lixo na rua e quando chove entope os bueiros e alaga tudo. Foi legal a forma como eles (atores) falaram disso”, Henrique Silva Lopes de Lima, 11 anos, aluno da Lourdes Ortiz.

“Me fez pensar que um simples papel de bala jogado no chão pode acabar matando um animal”, Beatriz Freitas, 12, da mesma escola.

Decomposição do lixo

Se quando Pedro Alvares Cabral chegou ao Brasil, em 1.500, ele tivesse amarrado um fio de nylon (que não existia na época) em uma pedra no mar, esse fio existiria até hoje. O material leva cerca de 650 anos para se dissolver no oceano.

O tempo de decomposição do lixo na natureza foi um dos destaques do estande do Aquário Municipal, que também levou para o evento a Mesa de Investigação, onde o público pode ver 15 animais taxidermizados.

A educadora ambiental Cristiane Santana Ribeiro revela que as crianças ficam surpresas quando percebem que o lixo pode matar. 

As atividades agradaram crianças e adultos. “Gostei muito de ver que estão educando as crianças.São elas que podem mudar o que estão fazendo com o planeta”, afirmou a aposentada Graça Ribeiro, 60 anos. “Do meu apartamento eu vejo que três, quatro horas depois que o caminhão passa limpando a praia, já está tudo sujo de novo. Boa a iniciativa”, Dirce Bariani, 81, também aposentada.

Albatroz

Já no estande do Projeto Albatroz - que tem 25 anos, nasceu em Santos e hoje também é presente nos portos de Rio Grande (RS), Itajaí (SC), Cabo Frio (RJ) e Itaipava (ES) – o público teve informações sobre a ave oceânica que está ameaçada pelo lixo. Das 22 espécies conhecidas, 17 correm risco de extinção.

Na Concha Acústica, educadores do grupo encenaram a construção de um ninho feito com material descartado pelo homem. “O albatroz vive em alto-mar, ou seja, o nosso lixo está chegando em ilhas oceânicas e matando essas aves”, destacou a coordenadora de Educação Ambiental do projeto, Cynthia Ranieri.

Pescador Amigo

A ONG Bio Pesca levou ao evento o projeto Pescador Amigo, expondo dez animais marinhos, entre taxidermizados e réplicas. Entre eles, a tartaruga-verde e do golfinho-toninha, ambos ameaçados de extinção. Conforme a coordenadora-geral do projeto, Thaís Santos, 90% dos animais marinhos mortos por redes de pesca ou ingestão de lixo são juvenis.

Sabesp dá dicas de economia de água

A Sabesp se integrou à campanha Cidade Sem Lixo para informar sobre o uso racional da água. A empresa expôs um painel comparativo com torneiras, chuveiros, e vasos sanitários para demonstrar como a instalação de redutor de vazão em torneiras, chuveiros e vasos sanitários reduz o consumo. O analista de gestão ambiental da empresa, Cláudio Luiz Neves, 48, comandou o equipamento que reunia os sistemas com e sem o redutor. A peça, não precisa de um encanador e pode ser encontrada em grandes lojas de material de construção a R$ 5,00 a unidade.

Acompanhe a programação deste fim de semana:

Sábado

-8h às 18h – exposição de produtos confeccionados nos projetos socioambientais
- 8h às 10h e 16h às 18h – oficina de sistema caseiro de irrigação com garrafa pet
- 9h às 11h e 15h às 17h – intervenção cênica da Cia. Espalharramas de Teatro
- 10h às 12h e 14h às 16h – oficina de construção de cisterna caseira com tambor de plástico
- 8h às 18h – oficina Catapau expõe objetos confeccionados a partir de madeiras recolhidas nas ruas (Andes Brasil)
- 8h às 14h – estante educativo de dengue
- 8h às 18h – tenda com exposição de programas da Sabesp
- 9h às 13h – estande educativo do setor de zoonoses
- 8h30 às 18h – exposição Brincando de Reciclar, da Secretaria de Meio Ambiente

Domingo

- 9h às 11h – gincana Praia Limpa, com participação do Grupo Escoteiros do Mar Almirante Barroso 13º/SP e voluntários. Aberto ao público (Instituto Mar Azul)
- 8h às 13h – estande educativo sobre dengue
- 8h às 12h – tenda com exposição de programas da Sabesp
- 9h às 13h – estande educativo do setor de zoonoses
- 8h30 às 12h – exposição Brincando, da Secretaria de Meio Ambiente
- 10h às 12h – intervenção cênica da Cia. Espalharramas de Teatro

Foto: Isabela Carrari