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Colégio marista passa a integrar rede municipal de ensino

Publicado: 4 de agosto de 2009
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A partir do próximo ano, o Colégio Marista (antigo Santista) estará integrado à rede municipal de ensino de Santos. Já na edição desta quarta (5) do Diário Oficial de Santos, a prefeitura publica o Decreto 5.374, de 4 de agosto de 2009, que declara de utilidade pública para fins educacionais os imóveis que constituem o patrimônio do tradicional colégio, na Rua Sete de Setembro, 34, Vila Nova. Além de ampliar a oferta de vagas no ensino fundamental em período integral, a nova unidade permitirá a instalação do ensino técnico na área de petróleo e gás, de uma escola de música, e também será o principal espaço para uso comunitário na região do Centro, com opções de atividades educacionais, esportivas, culturais e de lazer. As diversas possibilidades de utilização dos espaços da nova escola municipal e a função social a que se destinará foram destacadas pelo prefeito João Paulo Tavares Papa, durante a assinatura do decreto, nesta terça (4), no Salão Nobre do Paço. O ato contou com a presença do Irmão Dario Bortolini, presidente da Abec (Associação Brasileira de Ensino e Cultura) – mantenedora do colégio. O Colégio Marista já chegou a ter 1.800 alunos e hoje conta com pouco mais de 400 e a instituição mantenedora queria que o espaço centenário pudesse continuar servindo a fins educacionais. "Não queríamos vender um patrimônio construído desde 1904 apenas para solucionar questões financeiras. Para nós o espaço para a educação é sagrado e sei que dessa forma permanecerá com a mesma missão de transmitir e produzir conhecimento. Encontramos na Prefeitura de Santos a sensibilidade necessária para nos dar essa segurança", explicou o presidente Dario, acrescentando que as aulas para as turmas atuais seguem normalmente até o final do ano. ESTRUTURA O complexo é constituído por 14.559 m2, dos quais 11.800 m2 de área construída, ocupando quase uma quadra inteira, entre as ruas Sete de Setembro, Constituição, Henrique Porchat e Braz Cubas. Sua infraestrutura dispõe de modernas salas de aula, biblioteca, quadra esportiva e laboratórios. "Milhares de santistas tiveram sua formação neste colégio e preservá-lo como um espaço de educação é um ato de responsabilidade com as novas gerações. A incorporação desse patrimônio irá ampliar oportunidades, oferecer um salto de qualidade em termos sociais numa das regiões que mais precisam de atenção em nossa cidade", ressaltou o prefeito Papa, ao lado da secretaria de Educação, Suely Maia. O juiz Evandro Renato Pereira e o promotor Carlos Alberto Carmello Júnior, ambos da Vara da Infância, também comparecem ao encontro. "Geralmente o Poder Judiciário não costuma participar de cerimônias como esta, mas quando se democratiza um espaço num ato de grandeza, em benefício de uma população tantas vezes renegada, é preciso aplaudir", destacou o promotor. INVESTIMENTO Para a aquisição da escola o Município investirá R$ 21 milhões, que serão pagos em três anos. A parcela deste ano será de R$ 8,5 milhões, com dinheiro proveniente da venda que a prefeitura fez para a Petrobras, do terreno no Valongo, onde a empresa construirá sua sede. A prefeitura destinou todo o valor da venda, R$ 15 milhões, na área da educação. Além da parcela aplicada no Colégio Marista, os recursos foram investidos também na compra do terreno na Vila Mathias, onde a administração municipal está construindo o Cais (Centro de Atividades Integradas de Santos); na reforma e ampliação de 15 unidades de ensino e na aquisição da antiga Escola Americana, no Morro da Nova Cintra – que passou por processo semelhante ao do Marista e onde a prefeitura inaugurou em fevereiro último a escola municipal Rubens Lara. Além do Marista e da Americana, a prefeitura também municipalizou a escola José Bonifácio, na Vila Nova, e desapropriou o antigo Colégio Docas. Desde 2005 foram criadas mais de 3.800 novas vagas, em 128 salas de aula, com a inauguração de 12 escolas (entre construções novas, parcerias, locações e aquisições), contemplando os bairros: Gonzaga, Caruara, Ilhéu Baixo, Marapé, Castelo, Vila Nova, Aparecida e Macuco, além dos morros José Menino e Nova Cintra.