Coeficiente de mortalidade de santos é um dos melhores da região
O município de Santos reduziu, nos últimos 12 anos, em mais de 55% os índices da mortalidade infantil, mantendo, nos últimos três anos, um coeficiente estável e registrando, no final do ano passado, 15,3 óbitos por cada mil nascidos vivos. De 1990 até 2002, a evolução da queda do coeficiente foi bem representativa, baixando de 33,9 para os atuais 15,3. O resultado é conseqüência de uma série de ações adotadas no melhor controle do pré-natal, atualmente com mais de seis consultas durante a gestação, acompanhamento de bebês quando saem da maternidade, por meio do Programa de Vigilância do Recém-Nascido de Risco, e incentivo ao aleitamento materno, para aumentar a imunidade da criança e torná-la mais saudável. As gestantes de risco psicossocial (baixa renda, dependentes de drogas, sem companheiros, grande número de filhos) também ganham atenção especial, na Casa da Gestante, sem contar que, recentemente, foi criado o Instituto da Mulher, numa iniciativa pioneira da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Entre os ambulatórios criados no Instituto, há um específico voltado à gravidez na adolescência e outras situações que exigem maiores cuidados durante a gestação. Para aumentar a cobertura no pré-natal, há ainda a busca ativa. A gestante que não comparecer às consultas regulares é chamada em casa pelas policlínicas, havendo um trabalho paralelo dos agentes comunitários de Saúde nesse sentido. A capacitação profissional de obstetras e pediatras é uma constante. SMS promove cursos de atualização e treinamento para pediatras e discute, entre os profissionais do Departamento de Unidades Básicas - por meio dos programas de Saúde da Mulher e de Saúde da Criança - as causas evitáveis de mortalidade, visando corrigir as falhas existentes. O menor coeficiente de mortalidade infantil, nos últimos 12 anos, ocorreu em 2000, com 14,3 óbitos por cada mil nascidos vivos. Os índices de Santos, segundo informações da Coordenadoria da Criança e do Adolescente são considerados bons, na medida que a Organização Mundial de Saúde, classifica como aceitável, coeficiente abaixo de 20 mortes por cada mil nascidos vivos. Entre 20 a 40 mortes por mil nascidos é de risco médio. Acima desse percentual, os riscos são graves. BAIXADA APRESENTA ÍNDICES PIORES A divulgação, nesta semana, de dados de pesquisa de Estatísticas Vitais da Fundação Seade, coloca a região da Baixada Santista como a segunda pior do Estado, na taxa de mortalidade infantil, em 2002, com 21,61 óbitos por mil nascimentos, abaixo apenas da região de Itapeva, com 24,94. No Estado, a mortalidade caiu pela metade do início da década de 90 até 2002, saindo de uma taxa de 31 mortes de crianças até um ano, para cada mil nascidos vivos, para 15 entre mil. Santos se insere nesse perfil favorável existente no restante do Estado, em razão de políticas públicas bem realizadas. De acordo com dados oficiais e já consolidados pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenadoria da Saúde Coletiva e pelo Programa Recém-Nascido de Risco, houve em Santos, no ano passado 5.302 nascimentos e 81 óbitos de crianças até um ano, o que dá o percentual de 15,3 óbitos por mil nascidos vivos. O maior índice de óbitos ainda acontece nos primeiro 28 dias de vida, em torno de 60%, razão pela qual o Município está intensificando treinamento de médicos pediatras em doenças que mais atingem os bebês (síndromes respiratórias). O pré-natal já vem realizando mais de seis consultas durante a gestação, visando detectar doenças maternas que, se diagnosticadas durante a gravidez e tratadas, não irão afetar o futuro bebê, como é o caso sífilis congênita, Aids, entre outras. No próximo dia 26, às 20 horas, na Associação dos Médicos, vai ocorrer mais um treinamento para profissionais da rede voltados aos agravos mais comuns identificados em crianças, como as doenças prevalentes no inverno, asma e rinite alérgica. O curso enfocará ainda o manejo das doenças respiratórias alérgicas, conquistas e tratamento, explica Selma Freire. COEFICIENTE DA REGIÃO De acordo com dados preliminares divulgados pela DIR-XIX em relação aos municípios da Baixada, os coeficientes de mortalidade mais altos na região são de Mongaguá (26,98), vindo em seguida São Vicente (23,48), Cubatão (23,21), Bertioga (23,17) e Guarujá (22,58). Os melhores são de Peruíbe, com 14,52 e, a seguir Santos. Com as correções feitas em razão de óbitos que não eram do Município, o índice de Santos fica em 15,3. Itanhaém está com 21,72 e Praia Grande, com 21,39.