Ciclovia da orla proporciona passeio histórico cultural
A ciclovia que margeia a orla santista, além de oferecer segurança, bem-estar, lazer e exercício a seus usuários, proporciona um passeio cultural pela história de Santos, do país e de outros povos, que influenciaram na nossa formação. São 7.774 metros recortando jardins, praças e avenidas onde estão posicionadas 38 obras de arte na forma de hermas, bustos, estátuas, esculturas, marcos e monumentos. Todas têm um significado específico e uma importante mensagem, procurando perpetuar datas, instituições, pessoas e seus feitos. A viagem no tempo começa com duas obras recentes, de repercussão internacional. Em frente ao recém-inaugurado Parque Municipal Roberto Mário Santini, no emissário, vê-se à esquerda, no canteiro central da Av. Presidente Wilson, o espaço dedicado às 14 cidades-irmãs de Santos, no qual também é reverenciado o diplomata Sérgio Viera de Mello, morto no Iraque, durante missão de paz da ONU. À direita, distante uns 500 metros, na extremidade da plataforma, está a imponente escultura abstrata vermelha, da artista plástica Tomie Ohtake, que pode ser vista por todos na orla e pelos passageiros e tripulantes dos navios. Representa as comemorações do centenário da imigração japonesa, transcorrido em junho de 2008. Próximo ao Canal 1, a estátua de Saturnino de Brito marca o projeto de saneamento, que acabou com as epidemias e garantiu o desenvolvimento da cidade. Na praia da Pompeia, são encontrados os monumentos a Cristovão Colombo, relativo ao 5º Centenário do Descobrimento da América (1992) e dois dedicados aos surfistas, em frente à Escola Radical, no Posto 2. Há ainda uma herma, em bronze, do médico e poeta Martins Fontes. No Gonzaga, estão as famosas esculturas de concreto de um leão e uma leoa, bastante requisitadas para fotos com turistas. No Boqueirão, existe a estátua do poeta Vicente de Carvalho, o relógio do Sol, o monumento dos imigrantes trazidos pelo navio Kasatu Maru e o busto de Paulo Viriato Corrêa da Costa, na esquina da Av. Conselheiro Nébias. Em frente à Basílica de Santo Antonio do Embaré, no meio de uma fonte, situa-se a imagem do santo casamenteiro e padroeiro dos pobres. O circuito continua pela praia da Aparecida e o primeiro monumento a ser avistado homenageia os imigrantes de todas as nacionalidades, depois surgem a herma de Santos Dumont, a estátua de João Octávio dos Santos, a herma do brigadeiro Tobias de Aguiar e a escultura lúdica O Pneu Furou. O roteiro prossegue na Ponta Praia, onde a ciclovia se desloca para o canteiro central da avenida à beira-mar, mas antes cruza a Praça Vereador Luiz La Scala, logradouro que ostenta seis das 12 obras de arte dispostas até o ferry boat. Na praça, estão o busto de Giusfredo Santini, a herma de Fábio Montenegro e o monumento A Caravela, em comemoração aos 500 Anos de Descobrimentos Portugueses. Do outro lado do prédio do Aquário Municipal, ficam a herma do Duque de Caxias, o busto do vereador que dá nome à praça e a escultura do padre José de Anchieta, o catequizador. Na sequência, dentro do mar, está o marco dedicado ao Infante D. Henrique, depois o monumento em louvor ao Atleta Náutico santista, no canteiro central, e o marco cívico à Bandeira do Brasil, em frente às barcas que fazem a travessia ao outro lado do estuário. A jornada estará concluída após o marco do Rotary Club Santos Porto, ao lado do Mercado de Peixe, e o busto do ex-governador Mário Covas Jr., no final da avenida que leva seu nome. Ali, começa uma outra ciclovia e uma nova aventura, que atravessa a faixa portuária e segue até o Canal 4, na Bacia do Macuco.