Chuvas facilitam proliferação do caramujo africano
Calor, umidade e muita chuva. Com esse ambiente propício, típico desta época do ano, o caramujo africano voltou a exigir mais a tenção por parte da Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que recebe diariamente várias ligações telefônicas de munícipes preocupados com a presença do molusco em área onde antes não havia infestação. Segundo um representante da Seção, o período de outubro a abril é o mais favorável à proliferação desse caramujo hermafrodita (que possui os dois sexos), capaz de fecundar 2.400 ovos em apenas um ano. Nos demais meses, ele hiberna sempre próximo às raízes das plantas, onde há abundância de água. Para eliminar o caramujo, basta deixá-lo durante uma hora em uma solução de 10 colheres de sopa com sal para cada litro de água. É preciso evitar o contato com o molusco, protegendo as mãos com luvas ou saco plástico, pois o muco que ele libera para se locomover pode estar contaminado. Essa salmoura desintegra o molusco e a carapaça que sobra deve ser colocada em um saco plástico e triturada com um martelo, antes de ser descartada no lixo. O caramujo africano, cujo nome científico é Achatina fulina, é uma das maiores pragas agrícolas dos EUA. Ele chegou ao Brasil na década de 80 e foi encontrado na Baixada Santista em 1988, disseminando-se rapidamente em todas as cidades da região.