Chuvas aumentam os riscos de leptospirose
Com a maior incidência de chuvas durante o período de verão, cresce a possibilidade do aparecimento de casos de leptospirose, doença transmitida pela urina do rato e que, se não tratada na primeira semana de contaminação, pode levar a morte. O alerta parte da Seção de Vigilância Epidemiológica (Sevip), da Secretaria de Saúde (SMS), que apesar de considerar sob controle o número de casos no âmbito municipal, já encaminhou circular a todos os médicos das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e prontos-socorros visando alertar os profissionais para o diagnóstico e tratamento precoce, iniciativas que reduzem a o perigo de morte. A leptospirose é uma infecção aguda, causada pela bactéria leptospira interrogans, que penetra no organismo por meio de pequenos ferimentos na pele, mucosas (olhos, nariz e boca) ou pela ingestão de água ou alimento contaminado. Os sintomas são semelhantes aos da dengue e, em função disso, o médico sanitarista Tarcísio Borges disse ser fundamental que o paciente informe ao médico se esteve recentemente em contato com água de enchente ou de canais. O tratamento precoce com antibióticos, tem se mostrado favorável para a cura sem nenhuma seqüela, garantiu. Os sintomas podem ser identificados por febre, dores musculares (principalmente nas pernas) de cabeça, prostração, vermelhidão (irritação) nos olhos e, em alguns casos icterícia (pele amarelada), vômitos, náuseas e diarréia. Se não for tratada em tempo hábil (3 a 7 dias), a leptospirose evolui para a segunda fase, provocando alterações imunológicas com lesões vasculares e em órgãos vitais, como rim, fígado e pulmão. CASOS Graças a atuação da SMS no combate da proliferação de ratos no Município, há dois anos o número de casos tem se mostrado estável e não há registro de óbito decorrente de complicações da leptospirose. Neste ano, até novembro, foram registradas 70 notificações de suspeita da doença, com a confirmação de 12 casos. Desse total, sete são de moradores da Zona Noroeste, três da orla da praia, um do Centro e um sem residência fixa (andarilho). Cerca de 2/3 (oito) das pessoas infectadas estão na faixa produtiva, entre 20 e 29 anos, e por trabalharem externamente ou promoverem a limpeza das residências após uma enchente estão mais sujeitas à contaminação. No ano passado ocorreram 85 notificações e 11 casos confirmados. Em 2004, 46 suspeitas e seis confirmações, porém com dois óbitos.