Catapora: casos em crianças devem ser notificados
A catapora tem incidência maior entre as crianças menores de cinco anos. Por isso é feito o bloqueio vacinal, nas creches e escolas, assim que surgem os primeiros casos, explica a pediatra e coordenadora de Vigilâncias da Secretaria de Saúde (SMS), Isabel Pintassilgo. A vacina não faz parte do Calendário Básico de Imunização Infantil e só é fornecida pela rede pública em casos especiais e quando há surtos em creches e escolas de educação infantil. Foram comunicados à Seção de Vigilância Epidemiológica (Seviep), desde o início do ano, 140 casos da doença, o que significa um terço dos registros do mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 19 surtos em escolas e creches até o momento. Como medida preventiva, foram vacinadas 1.079 pessoas, entre crianças e funcionários de unidades escolares. Quando surgirem os primeiros casos a direção da escola deve entrar em contato com a Unidade Básica mais próxima ou com a Seviep, orienta a enfermeira Luciana Calçada. O telefone para contato é o 3201-5000 ramal 5667. SINTOMAS A catapora era uma das doenças mais comuns na infância antes do advento da vacina. Altamente contagiosa e geralmente benigna, é causada pelo vírus Varicela-Zoster. Os primeiros sintomas são febre, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e cansaço. Depois surgem lesões na pele caracterizadas por manchas avermelhadas e pequenas bolhas ou vesículas cheias de líquido. No estágio final aparecem crostas que provocam muita coceira. CUIDADOS Como outras doenças transmitidas por vírus, não há muito o que fazer. O importante é evitar a contaminação das lesões por bactérias, não coçando as feridas, o que previne a infecção e as cicatrizes. Não arranque as crostas que se formam e mantenha o paciente em repouso enquanto tiver febre. Faca-o ingerir alimentos leves e muito líquido.