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Casos de meningite na cidade não representam risco de surto

Publicado: 9 de junho de 2004
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Embora alguns casos recentes de meningite meningocócica ocorridos em municípios vizinhos estejam preocupando a população, a Seção de Vigilância Epidemiológica (Seviep) garante que em Santos não há razão para alarme, já que os casos registrados neste ano estão abaixo da média de anos anteriores. De janeiro até agora, três casos desse tipo de meningite (transmitida pela bactéria meningococo), que é a mais grave, foram detectados na Cidade, sem nenhum óbito. Outros 65 casos de meningite, entre bacterianas e virais também foram notificados à Vigilância Epidemiológica de Santos, sendo 34 casos de moradores de Santos e os demais de pacientes de municípios vizinhos. E somente 28 tiveram a confirmação da doença. A vinda de pacientes de outros municípios no caso de suspeita de meningite é rotina, em razão de Santos oferecer melhor estrutura hospitalar. O médico sanitarista Geraldo Walau assegura que não há qualquer indicação de surto. Essa quantidade de casos é aceitável dentro do panorama de uma doença que ainda não tem como ser erradicada. Até nos países mais avançados ainda existem casos de meningite. Nos quatro últimos anos, Santos registrou 71 casos de meningite meningocócica. Em 2000, foram 16 casos; no ano seguinte, 18; em 2002, 13; e 11 no ano passado, com a ocorrência de seis óbitos. No mesmo período, houve registro de 331 casos, entre meningites virais e bacterianas no Município. Foram 85 em 2000, 77 em 2001, 116 no ano seguinte e 53 no ano passado. FRIO No inverno as pessoas contraem com mais facilidade doenças transmitidas pelo ar. Walau alerta, ainda, que a meningite se propaga com mais facilidade quando as temperaturas estão baixas. Nessa época, a tendência das pessoas é o confinamento. Há necessidade de não permanecer em locais fechados com grande quantidade de pessoas. Ainda segundo o sanitarista, evitar aglomerações e deixar sempre os ambientes bem arejados são medidas importantes para diminuir as chances de contágio. DOENÇA Walau explica que existem vários tipos de meningite. As virais, em geral, evoluem para a cura com mais rapidez. O paciente fica internado de 2 a 7 dias. As meningites contraídas por bactérias, além de mais graves, demoram a evoluir para a cura e causam mudanças bruscas no quadro do paciente. O estado se agrava com muita rapidez, podendo levar o paciente ao óbito em questão de horas. VACINA O calendário obrigatório de imunização conta com a vacina contra a bactéria haemophylus influenzae, que pode causar, entre outras doenças, a meningite. Ela é aplicada junto com a tríplice aos dois, quatro e seis meses de vida. A imunização contra a meningite meningocócica, que é bacteriana, existe, mas não está disponível no serviço público. Já para as meningites virais ainda não há vacinas.