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Carnabonde: um grande baile de carnaval ao ar livre

Publicado: 20 de fevereiro de 2006
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O Carnabonde se consolida como o grande baile ao ar livre, onde as famílias reencontram a alegria de comemorar o Carnaval de maneira sadia e segura. Prova disso foi a presença de pessoas de todas as idades, especialmente crianças, que se divertiram muito com banhos de espuma e outros atrativos proporcionados pela Prefeitura. Pelo sexto ano consecutivo, as secretarias de Cultura (Secult) e Turismo (Setur) prepararam a festa de abertura do Carnaval, que neste ano homenageou o tradicional Bloco Cruz de Malta, cujas origens remontam ao Clube de Regatas Vasco da Gama e à colônia portuguesa de Santos. Na Praça Mauá, em frente à Prefeitura, milhares de foliões tiveram a oportunidade, no sábado (18), de cantar e danças as tradicionais músicas executadas pela Banda da Corte e acompanhar o cortejo do Carnabonde. O conhecido Bonde Turístico ganhou decoração de caravela e uma grande multidão que o seguiu pelo Centro Histórico. Eram alas de voluntárias do Fundo Social de Solidariedade, Grupo Folclórico Vasco da Gama, Oficina Cultural Pagu, Grupo Amigos da Energia, Sociedade dos Poetas Vivos e ex-integrantes do Bloco Cruz de Malta. Antes do desfile, foi entregue a chave da Cidade para o Rei Momo Darwin Ferreira (Babi). Ele e a rainha Cláudia Waléria garantirão a alegria durante os bailes de Carnaval e na retomada dos desfiles das escolas de samba, nos próximos dias 26 e 27, na Zona Noroeste. O empenho e dedicação de três fundadores do extinto Bloco Cruz de Malta também foram relembrados, com a entrega de placas. Os homenageados foram Geraldino Bezerra, Antonio Reginaldo Justo e Luiz Antonio Monteiro de Oliveira. Além da Secult e da Setur, atuaram no evento funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Guarda Municipal, e das secretarias de Saúde (SMS) e de Economia e Finanças (Sefin). A Policia Militar manteve um destacamento de prontidão no entorno da Praça Mauá. FESTA Mesmo aqueles que compareceram para uma simples espiadinha ao Carnabonde não resistiram à contagiante vibração popular que se formou durante a tarde e parte da noite de sábado, no Centro Histórico. Símbolo da vontade de participar era o contador Achilles São Mateus, de 75 anos, que teve a aposentadoria antecipada por um derrame, em agosto passado. Ainda em processo de reabilitação, fez questão de ir à festa, levado pela mulher, Maria Lourdes, e pela filha, Luciana. A família de Gilvaine Vasques, de Sorocaba, divertiu-se com os banhos de espuma, além de dançar atrás do palco, próximo à escadaria do Paço Municipal, ao lado da mulher Viviane Pelicer e dos filhos Bruno e João Lucas. Gilvaine considera o Carnabonde um evento marcante e que resgata sentimentos que estão desaparecendo em função da violência e das drogas. É uma festa em ambiente aberto, que proporciona a integração entre as pessoas e suas famílias. Protegida pela tia Andréa Mano e pela mãe/avó Terezinha Arruda, a pequena Nikolly Fernanda Arruda, de 4 anos, chamava a atenção vestida de princesa. Seu desejo de alteza, naquele final de tarde, era passear de bonde. Viagem que lhe ficou prometida para outro dia pela tia Andréa. Dois garotos de mais idade e coincidentemente com o mesmo nome dispunham de mais liberdade de ação. Mateus Nogueira, de 10 anos, e Mateus do Nascimento, de 8, apesar de terem ido acompanhados por parentes, andavam sozinhos de um lado ao outro da praça à procura de alguma aventura. Para alguns, este Carnabonde foi a primeira experiência carnavalesca. Nessa condição esteve a pequena Maria, de 7 meses, que nos braços do pai, Mario Piccoli, manteve os olhos vivos e interrogativos sobre tudo que acontecia à sua volta. Também presente pela primeira vez no evento e preocupado com a segurança da família, que incluía a mulher Anaelize, ele comentou: Está bastante tranqüilo, sem exageros... é um programa de família.