Caos na saúde preocupa
"Santos hoje está carregando a saúde da região ". A afirmação é da Secretaria de Saúde, seguida de uma indagação: Até quanto tempo irá suportar? A preocupação de ocorrer um caos no atendimento em toda a rede pública está baseada em números. Segundo o secretário, atualmente 70% dos pacientes que são atendidos no Hospital da Zona Noroeste, são oriundos de Praia Grande e São Vicente. Para complicar ainda mais a situação, a maioria do atendimento não é devido a problemas de emergência, podendo ser tratados em nível ambulatorial, uma comprovação de que não estavam sendo submetidos a tratamento em suas cidades. Como exemplo da situação que pode chegar ao saturamento, como exemplo as internações ocorridas no mês de março. Foram 2.700, quando a média, durante todo o ano de 2000 era de 1.400 por mês. Hoje nos três prontos-socorros (Macuco, Central e Zona Noroeste) o atendimento diário atinge a 1 mil pacientes. Com a sobrecarga, aumentam também os custos e o consumo de medicamentos. Para se ter uma idéia, a secretaria recebe do ´Programa Dose Certa´, do Governo do Estado, 23 mil caixas do medicamento ´Captopril´, um anti-hipertensivo, e com a demanda registrada nos últimos meses devido ao fechamento parcial do Hospital São José e Santa Casa de Praia Grande e dos PSs de Praia Grande, o consumo passou para 170 mil. Atualmente a secretaria ainda tem fôlego para suportar a demanda, mas não sabe por quanto tempo.