Campanha conquista 750 doadores de medula óssea

Cerca de 750 moradores da região atenderam ao chamado da Associação da Medula Óssea (Ameo) e se cadastraram como doadores, durante a realização da primeira campanha do gênero na Baixada Santista. O evento aconteceu no último sábado (25), no Salão de Mármore do Santos F. C. e surgiu como proposta dos familiares e de um grupo de amigos de Edney Santos da Silva, residente em São Vicente, que sofre de aplasia da medula (ou anemia aplásica). Ele e outros 1.500 brasileiros, portadores de leucemia e outras doenças genéticas, constam do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) a espera de um doador compatível. Na avaliação de Renata Santos, irmã de Edney, a campanha alcançou o objetivo esperado que era aumentar o número de voluntários, já que no Brasil existem apenas 40 mil pessoas cadastradas como doadoras e a chance de se encontrar uma medula compatível pode chegar a uma em 100 mil. De acordo com a médica hematologista, Carmem Vergueiro, da equipe do Hemocentro da Santa Casa de São Paulo, o termo transplante de medula óssea pode desestimular possíveis doadores. Mas na verdade, os procedimentos não trazem dano algum à saúde do doador, é indolor e as células doadas se refazem rapidamente, como na doação de sangue, esclareceu durante uma das quatro palestras efetuadas em intervalos de duas horas. A Ameo, conforme explicou a fisioterapeuta Clarisse de Santana Matos, vai prosseguir fazendo palestras de esclarecimento e pretende estabelecer um núcleo de cadastramento na Baixada Santista. Maiores informações podem ser obtidas no site www.doadores.org ou pelos telefones: 3235-5198 (Renata Santos) e 3223-8896 com Suely Moreira, uma das raras doadoras, cuja dupla compatibilidade, lhe permitiu doar material para dois transplantes. A campanha contou com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Fundo Social de Solidariedade (FSS).