Caminhada celebra os 153 anos do sanitarista Saturnino de Brito
O Acervo dos Escritores Santistas celebra nesta sexta-feira (14), das 10h às 13h, os 153 anos de Saturnino de Brito no evento Ágora Caiçara – Caminhada à Saturnino de Brito, que percorrerá pontos da orla como a estátua do engenheiro sanitarista, a Concha Acústica Vicente de Carvalho, Pinacoteca Benedicto Calixto, Igreja do Embaré e a Biblioteca Mário Faria (Posto 6).
A partida ocorre da estátua do engenheiro, localizada na orla do Gonzaga, em frente ao número 143 da Av. Presidente Wilson. A programação terá intervenções poéticas, leitura de haicais e apresentação musical. A agenda completa pode ser conferida no blog do Acervo.
O homenageado
Francisco Saturnino Rodrigues de Brito nasceu em Campos, no Rio de Janeiro, em 14 de julho de 1864. Formou-se pela antiga Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Depois da proclamação da República, dirigiu estudos para melhoramentos da cidade de Vitória, no Espírito Santo.
No ano seguinte participou da Comissão de Saneamento do Estado de São Paulo, organizando os projetos de saneamento das cidades paulistas de Campinas, Ribeirão Preto, Limeira, Sorocaba e Amparo. Em 1898 encarregou-se dos projetos fluminenses de Petrópolis, Paraíba do Sul, Itacoara e Campos.
Ainda realizou projetos parciais nas capitais de São Paulo e Pernambuco. Foi Diretor da Repartição de Saneamento do Estado, em Santos, onde projetou o saneamento da Cidade com os canais. O projeto teve repercussão internacional. Foi iniciado em 1906 e inaugurado oficialmente em 21 de maio de 1914, com a abertura da Ponte Pênsil, em São Vicente, construída especialmente para sustentar os emissários do esgoto de Santos.
O plano de saneamento de Saturnino projetou a construção de canais em direção ao mar e ao estuário, livrando a cidade definitivamente da insalubridade e das epidemias, assegurando a habitabilidade e o desenvolvimento do porto.
Saturnino ainda elaborou projeto de planejamento urbano para a cidade que, além da disposição de ruas e quadras a partir dos canais, previa a construção de grandes áreas verdes, das quais apenas foram implantadas o Orquidário e os jardins da orla. Faleceu em Pelotas, no Rio Grande do Sul, a 10 de março de 1929.