Baixada santista é a região mais atingida por raios
O Brasil é o campeão mundial de raios e deverá continuar sendo, de acordo com o Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Nesta época do ano a incidência é ainda maior e segundo o coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior, há relação entre raios e aquecimento global, que vem provocando graves mudanças climáticas. A Baixada Santista já foi atingida por mais de 4 mil raios somente nos treze primeiros dias do ano, conforme levantamento do Elat. Destes, 996 caíram em Santos. A região é a mais atingida por descargas atmosféricas do litoral brasileiro, de acordo com Osmar, por ser uma das áreas mais urbanizadas e industrializadas. Este ano, já houve duas mortes por raios no país e, em 2009, foram registradas 64, sendo 13 no estado de São Paulo. Portanto, para evitar acidentes ou mortes por relâmpagos, alguns cuidados devem ser tomados, como não permanecer em áreas abertas durante tempestades; abrigar-se sempre em locais fechados e seguros, longe de árvores, do mar e de piscina. Em casa, não usar o chuveiro, ficar longe de metais, não tocar em equipamentos ligados à rede elétrica nem falar ao celular ligado na tomada. PARA-RAIOS O Código Municipal de Edificações (lei complementar nº 84, de julho de 1993) obriga que sejam instalados para-raios nos edifícios com mais de três pavimentos, nos depósitos de inflamáveis, explosivos, torres e chaminés elevadas, projetados e executados de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A manutenção do equipamento, que deve ser feita a cada seis meses, é de responsabilidade do síndico, em condomínios, e do proprietário de estabelecimentos comerciais, segundo o Deob (Departamento de Obras Particulares). Antes de conceder a carta de habite-se, a prefeitura exige do proprietário a apresentação do projeto de instalação de para-raios, assinado pelo responsável técnico da obra.