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Automedicação atinge principalmente idosos

Publicado: 3 de julho de 2006
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O problema da automedicação atingiu níveis preocupantes no Brasil. Segundo estudo da Unicamp, realizado em parceria com o Ministério da Saúde, metade dos remédios mais tradicionais é vendida sem receita médica. Complicações no fígado, rins e estômago são alguns dos efeitos colaterais desta prática. A automedicação também é a terceira causa de internação por alergia ou intoxicação, segundo estudo da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia. O doente deve criar o hábito de recorrer sempre a um médico. Só ele pode prescrever a medicação correta e na quantidade adequada, alerta o coordenador de Saúde do Adulto e Idoso, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Jorge Bichir Maxta. Segundo o especialista, a população da terceira idade é a mais afetada pelo problema. Para a cardiologista Janne Sant’Anna Nascimento Cunha, do Programa de Hipertensão e Diabetes, a automedicação é incentivada pela facilidade de compra de remédios sem receita e também por uma questão cultural. A pessoa se sente sábia por já ter enfrentado vários problemas de saúde e indica até remédios para parentes. Os dois especialistas concordam que a mídia também tem a sua parcela de culpa. Alguns médicos na TV têm o descuido de citar nomes de remédio e as pessoas correm atrás, diz Maxta. Se há a restrição na venda de alguns medicamentos, então não há por que divulgá-los na mídia para leigos, argumenta Janne. CONSCIENTIZAÇÃO A prática da automedicação é desestimulada nas reuniões de grupos de idosos realizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), em centros comunitários e de convivência. Ao todo, são 18 palestras mensais. Noções sobre o problema também são transmitidas nos quatro cursos anuais de Cuidadores da Pessoa Idosa (os próximos serão em setembro e outubro), que desde 2001 capacitam pessoas que lidam com acamados. As ações são de suma importância, especialmente em Santos, onde 15,6% da população tem mais de 60 anos – o dobro da média registrada no Estado.