Arquivo Intermediário da Fams ganha novo prédio
A prefeitura inaugurou, dia 15, o novo prédio do Arquivo Intermediário da Fams (Fundação Arquivo e Memória de Santos), à Rua da Constituição, 62, Centro Histórico. O imóvel passa a armazenar 2,3 milhões de processos com espaço para 7.100 m de arquivos lineares.
Certificação digital, utilização de tecnologia de fibra ótica e novo software (programa) para consulta também incrementam o atendimento à população. O imóvel ainda comporta sala de consulta, setores administrativo e de restauro. A decoração do imóvel contém painéis com imagens de pontos conhecidos da cidade nas primeiras décadas do século 20.
Participaram da solenidade o vice-prefeito e secretário de Assistência Social, Carlos Teixeira Filho, e a diretora técnica da Fams , Renata Cecília de Matos, entre outras autoridades.
Documentos
Para entender quais os critérios utilizados no trabalho der arquivamento, o historiador Roberto Tavares, da Fams, explicou que "todos os documentos têm três idades, quanto à destinação": a do arquivo corrente que ainda tem vida útil, a do intermediário que fica aguardando prazos, leis, recursos (entre 10 e 50 anos ou até mais tempo) e finalmente o arquivo permanente, no qual se inserem atas de fundações e outros documentos de relevância histórica e cultural. Caso não seja aproveitado, o papel é descartado, porém diante de uma comissão legalmente constituída.
De acordo com técnicos da fundação, o prédio também abriga acervo iconográfico, com fotos que datam da década de 1860 até os dias atuais e pode ser consultado. Para citar um exemplo do trabalho desenvolvido no Arquivo Intermediário, em abril de 2006, o laboratório restaurou o suporte (papel) de um retrato de 1898, desenhado a carvão por Benedicto Calixto. Foi um dos processos mais delicados de recuperação realizada pela Fams, por se tratar de obra com mais de 100 anos. Os técnicos precisaram de 40 dias para o minucioso trabalho. A placa de inauguração do imóvel presta homenagem ao historiador Valdir Rueda, morto recentemente.