Arquivo é prova documental e retrata a sociedade
Mais do que fonte de pesquisa, os documentos disponíveis nos arquivos públicos são prova administrativa ou jurídica, imprescindível para respaldar a democracia e transmitir informações para o futuro. Para Heloísa Belloto, da USP, que nesta sexta-feira (29) abriu as atividades do 1º Seminário Ciência e Profissionalismo, promovido pela Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams) para seus funcionários, os arquivos públicos guardam o conhecimento das gerações. Historiadora e especialista em arquivologia por instituições da Espanha, França e EUA, Belloto elogiou o trabalho da Fams no resgate, preservação e divulgação da memória santista: Ela é exemplo para o Brasil, da maneira como trabalha e consolida o sistema público de arquivos, atuação reconhecida inclusive pelo Arquivo Nacional. A historiadora Ana Célia Rodrigues, professora do Curso de Arquivologia da Unesp-Marília, disse que Santos dá exemplos de trabalho na política da memória, ao consolidar o setor de arquivos, inclusive iconográfico, atuando para a comunidade. Ela lembrou que dados da Fundação Taveira, relativos a 1999, indicavam que, dos 5.500 municípios brasileiros, apenas 5% dispunham de arquivo estruturado. Com as informações do passado, a história forma elos de identidade com o presente e estrutura o futuro, comentou, lembrando ainda que os arquivos oferecem provas documentais que sustentam o exercício do direito do cidadão. As atividades do seminário foram encerradas após a apresentação do tema História Oral, com a historiadora Sonia Maria de Freitas, e Motivação, com Nívio Veloso, coordenador de pós-graduação da Unimonte.