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Armadilhas do mosquito da dengue começam a ser instaladas na ponta da praia

Publicado: 17 de março de 2004
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O bairro da Ponta da Praia, onde existe a maior infestação de mosquito Aedes aegypti, começa a receber nesta quinta-feira (18) as novas armadilhas Mosquitrap, como parte de uma pesquisa que está testando a eficácia do equipamento em campo. A iniciativa do estudo é da Universidade Federal de Minas Gerais e do Ministério da Saúde, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Além de Santos, outros nove municípios brasileiros de diferentes regiões, temperaturas e condições ambientais distintas estarão realizando estudo semelhante. Paralelamente à instalação da Mosquitrap, os agentes da dengue contratados e treinados pelo programa ministerial também vão instalar ovitrampas, que avaliam a contagem dos ovos, sendo feita também pesquisa larvária durante os quatro meses de estudo do Mosquitrap. Santos é o primeiro município a testar a Mosquitrap, equipamento que levou seis anos de pesquisa para o seu desenvolvimento. De autoria do professor e biólogo Álvaro Eiras, do Departamento de Parasitologia da UFMG, a armadilha pode se tornar mais um instrumento de avaliação para se estimar a população do mosquito transmissor da dengue e trazer subsídios que determinem em que momento ocorre o risco de uma epidemia. O aparelho foi produzido pela empresa Ecovec, baseado no projeto da Universidade mineira. Trata-se de uma peça em polietileno, na cor preta, dividida em três partes. Contém na parte superior uma espécie de copo, cujas as paredes internas são revestidas de cola sem cheiro, e trazendo como atraente para o mosquito uma pastilha sintética, que lembra a fragrância de ervas preferida do mosquito. A armadilha funciona como um criadouro ideal. Quando a fêmea busca a Mosquitrap para depositar seus ovos, fica grudada na cola. Semanalmente, dois agentes contratados especialmente para esse projeto farão a leitura dos dados de cada armadilha. Os mosquitos capturados serão retirados com pinça e os dados anotados em planilhas eletrônicas serão passados para um computador central em Minas Gerais, que também estará recebendo os dados dos outros dez municípios. Se o método for aprovado, na comparação com os índices fornecidos pela ovitrampa e pesquisa larvária, poderá ser preconizado para o País dentro do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD).