Análise de dados revela perfil do dependente químico

É o primeiro banco de dados da região de álcool e drogas. É um desenho da instituição que servirá para aprimorar o serviço, disse a psicóloga Rosane Conde Magalhães, chefe da Seção Núcleo de Atendimento ao Toxicodependente (Senat), ao divulgar o resultado da análise do perfil dos pacientes da unidade. O relatório, que será difundido na Semana Anti-Drogas, revela a incidência por sexo, idade e região, as drogas prevalentes e até a manifestação de doenças correlatas, como depressão, transtornos de humor e personalidade, entre outras. Homem, usuário de múltiplas drogas, com idade entre 26 e 47 anos, morador da Orla ou do Centro. Este é o perfil da maior parte dos usuários da Senat, que fica na Rua Paraíba, 110 - Pompéia, e integra a Coordenadoria de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em 2005, foram acompanhados 512 pacientes, dos quais 429, ou seja, 83,79%, são do sexo masculino. As mulheres, 79, representam apenas 15,42% dos atendimentos. Na análise das patologias – que chegam a 564, por haver a incidência de mais de uma por paciente – nota-se a prevalência de transtornos mentais e comportamentais pelo uso de múltiplas drogas, com 41,66% dos casos – um total de 235 registros. Em segundo lugar aparece o uso de álcool, com 164 notificações e 29% de incidência. Bem distante, vêm o uso de maconha: 5,85% (33 ocorrências). Foram registrados ainda transtornos pelo uso de cocaína (4,61%); sedativos e hipnóticos (0,35%), além de episódios depressivos (0,53%) e alterações de personalidade (1,24%). IDADE E REGIÃO Em relação à faixa etária, 31,84% dos pacientes (163) têm entre 26 e 36 anos e 25,58% deles (131) entre 37 e 47 anos. Também com manifestação significativa estão os jovens entre 16 e 25 anos, com 109 atendimentos e 21,29% dos casos. A distribuição por procedência surpreendeu os técnicos, com maior concentração de pacientes na região da Orla (25,78%), seguida pelo Centro (20,11%) e Zona Noroeste (17,96%). Na análise constatou-se ainda que 12,11% dos usuários são provenientes de outros municípios, com maior número de casos de São Vicente: 7,42%.