Ambulatório de mama já fez cerca de 900 atendimentos no instituto da mulher
O Instituto da Mulher (IM), criado em maio de 2003, para proporcionar atendimento diferenciado a mulheres com patologias que exigem maior atenção em ambulatórios especializados, vem cumprindo seu papel de oferecer suporte à rede básica. Somente no ambulatório da mama (um dos dez existentes no Instituto), já foram consultadas 900 mulheres, a partir de junho de 2003, quando esse serviço entrou em funcionamento. No caso de suspeita de câncer de mama, as pacientes são encaminhadas pelas policlínicas ao Instituto da Mulher. Além das consultas, o ambulatório de mama, realizou 93 biópsias e 92 cirurgias, sendo 32 para eliminação dos tumores de câncer (quadrantes ou mastectomia total) e 60 para extração de nódulos benignos. Para o mastologista Hilário Cagnacci, o atendimento do ambulatório (às segundas, quartas e sexta-feiras pela manhã) é essencial à saúde da mulher. Detectamos e tratamos 32 casos de câncer de mama em quase sete meses de atendimento. Esse serviço é uma frente de combate fundamental contra a doença. A sensação de alívio que a dona-de-casa Inês Ginbrsqui, 50 anos, teve ao saber que trataria de um câncer no Instituto da Mulher é, segundo ela, indescritível. Morava no sul do País e já passei por hospitais em condições tão terríveis que cheguei a ter pena dos médicos, que trabalhavam em locais sujos e cheios de bolor. Aqui tudo é bonito. Nada daquele branco horrível dos hospitais. Cada sala tem uma cor diferente, vibrante, comenta com entusiasmo, elogiando o visual do Instituto que colabora para melhorar o sentimento de auto-estima. Outro atendimento essencial na Cidade e que só existe no IM é o de Cirurgia Plástica Reparadora de Mama, para mulheres que foram mastectomizadas (sofreram a retirada da mama). O serviço, que já realizou uma operação e já tem outra programada para início de fevereiro, foi instalado por meio de parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a UniSanta, dentro do Curso de Pós- Graduação em Cirurgia Plástica. É outro serviço que ajuda a restabelecer a auto-estima da paciente. Com a reparação da mama há uma reintegração social dessa mulher e isso a ajuda até no estado geral de sua saúde, afirma Cagnacci. CUIDADOS Quanto mais cedo o câncer de mama for detectado, maiores são as chances de cura. Uma vez por mês, entre o 7º e o 10º dia do ciclo menstrual período em que fica mais fácil detectar alguma alteração na mama toda mulher deve fazer o auto-exame. É preciso observar também se sai secreção pelos mamilos, se há dor ou retração da pele dos seios. Segundo Cagnacci, outro meio de detectar precocemente a doença é a mamografia. É imprescindível que a mulher faça sua primeira mamografia aos 35 anos. Entre 40 e 50 anos o exame deve ser realizado a cada dois anos. E depois dos 50, uma vez por ano. O mastologista afirma ainda que embora fatores genéticos e hábitos alimentares sejam importantes para o surgimento do câncer da mama, existem ainda outras questões que merecem análise. ¨Ainda não há comprovação científica, mas é possível que fatores emocionais tenham influência na formação do câncer, já a depressão, por exemplo, abala o sistema imunológico das pessoas.