Ambulatório de anemia falciforme completa um ano

Melhora na qualidade de vida. Esse é o resultado de um ano de trabalho do ambulatório de Anemia Falciforme (AF), criado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), para proporcionar atendimento integrado aos pacientes, tanto no tratamento como no diagnóstico precoce da doença, que é hereditária, incurável e atinge sobretudo pessoas da raça negra e seus descendentes. Hoje, dia 20, quando se comemora o Dia Nacional de Prevenção à Anemia Falciforme é importante estar destacando os cuidados com essa doença, que provoca alterações nos glóbulos vermelhos pela presença de hemoglobina anormal ¨S ¨. Entre outros sintomas, a doença provoca crises dolorosas, em ossos e músculos, associada ou não a infecções. A hematologista Olívia Lage, coordenadora do ambulatório, afirma que os serviços prestados têm importância fundamental para os pacientes. Com o ambulatório, a vida dos portadores e dos familiares melhorou muito. Agora eles têm como esclarecer dúvidas e receber orientação de pessoal capacitado. Os portadores recebem no ambulatório tratamento integrado de acordo com a necessidade. Prestamos entre outros atendimentos, o de hemoterapia, pediatria geral, cardiologia e oftalmologia, visando diminuir a freqüência das complicações da doença e, também, agilizar a recuperação dos pacientes, explica Olívia. Instalado na policlínica Aparecida (Avenida Alexandre Martins, 103), o ambulatório de AF, que já atendeu cerca de 150 pessoas de várias faixas etárias, funciona todas às sextas-feiras, às 14h. As consultas podem ser agendadas no local ou pelo telefone 3231-6548. DOENÇA Atingindo cerca de 30 mil brasileiros, com surgimento de 2.500 novos casos por ano, a Anemia Falciforme não é transmissível. O diagnóstico precoce e a terapia adequada têm papel fundamental na diminuição da mortalidade que chega a 20% dos casos em crianças antes dos 5 anos.