Alunos do projeto Oficina Escola ajudam na manutenção do Coliseu
A habilidade dos alunos do projeto Oficina Escola e Educação Patrimonial da Prefeitura ficou mais uma vez evidenciada no trabalho de manutenção e recuperação do guarda-corpo dos camarotes da plateia (parte térrea de alvenaria) do Teatro Coliseu, no Centro Histórico. Esta é a segunda turma do projeto da Seplan (Secretaria de Planejamento), que envolve oito jovens de 16 a 25 anos, selecionados no EJA (Educação de Jovens e Adultos), em parceria com a Seduc (Secretaria de Educação). A Secult (Secretaria de Cultura) cedeu o espaço no prédio anexo ao teatro.
Sob supervisão da professora e restauradora Eny Feijó Pinheiro, os alunos fazem, nesta primeira fase, a decapagem (raspagem e retirada) da tinta antiga com bisturi. "Depois as paredes do guarda-corpo serão lixadas, niveladas e então haverá o acabamento com a pintura", disse Eny. "É um trabalho minucioso que exige concentração e paciência em razão do aspecto artístico e histórico do local, mas está sendo bem executado pelos alunos". Segundo a professora, depois de pronto, o "guarda-corpo vai manter as cores padrão em camurça e em tom cor de rosa envelhecido".
Leonardo Feitosa e Wandson Farias são alunos da oficina que auxiliam nos trabalhos do teatro. "É prazeroso ajudar na manutenção de um patrimônio artístico e cultural como o Coliseu", afirmou Feitosa, que pretende estudar engenharia, com ênfase na recuperação de imóveis históricos. Farias tem a mesma opinião. "Nunca tinha entrado no Coliseu e fiquei fascinado pela sua beleza. Quero me aperfeiçoar nessa área, promissora em termos profissionais".
Prêmio
O projeto objetiva a preservação do patrimônio histórico cultural, fomentando a inclusão social de jovens que aprendem um oficio, por meio de um programa de oficinas artesanais aplicados na recuperação de prédios históricos. Ele vem se tornando uma referência na região, além de repercutir no Estado. O curso tem duração de um ano.
Os alunos recebem ensinamentos de profissionais da área sobre construção civil (alvenaria e pintura de paredes), história da arte, noções de restauração, educação patrimonial e artesanato voltado para relojoaria. Eles fazem ainda visitas técnicas que ampliam a visão sobre a riqueza patrimonial da cidade. As aulas são dadas de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Das 17h30 às 20h, eles têm aulas no EJA.
Em 2011, o projeto Escola ficou entre os 12 melhores trabalhos (de um total de 204 inscritos no Estado) do 3º Prêmio Chopin Tavares de Lima - Novas Práticas Municipais, concedido pela Fundação Prefeito Faria Lima do Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal. Em 2012, o projeto da Seplan foi destacado em edição especial sobre a referida premiação.