Alunos da Waldemar Martins conhecem "Centro Vivo"
O Outeiro de Santa Catarina foi o primeiro lugar visitado. Depois, a Casa do Trem Bélico, Praça da República, Igreja da Ordem Terceira do Carmo, Pantheon dos Andradas, Rua XV de Novembro e finalmente Bolsa do Café. O roteiro foi feito a pé, nesta terça-feira (25), por 27 alunos do 4º ano da escola Padre Waldemar Valle Martins, como parte do projeto Centro Vivo.
Parceria entre a Secretaria de Educação e a Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS), o projeto é realizado todas as terças-feiras com alunos da rede municipal, visando proporcionar estudo do meio sobre a história da Cidade.
“Casas, rios, barcos, transporte por mulas. Assim era Santos entre 1820 e 1860”, explicou a professora Adriana Negreiros, apontando para uma maquete no Outeiro, confeccionada com base em quadro de Benedito Calixto.
Ela destacou que o italiano João Éboli ergueu a casa, abrigando escravos que fugiam das fazendas de café de São Paulo, no fim do século XIX. “Depois eles iam para o Quilombo do Jabaquara e trabalhavam no porto”. Já sobre os indígenas, o historiador da FAMS, Dionísio de Almeida, informou que haviam muitos e até hoje existem dez tribos no litoral paulista.
Impressões
Defronte da Casa do Trem Bélico, os estudantes ficaram sabendo de várias curiosidades sobre a edificação histórica, onde se guardavam armamentos de guerra para proteger a então Vila de Santos de saqueadores, como piratas e índios. Adriana contou que os degraus para se acessar o recinto foram construídos de tamanhos diferentes para os invasores tropeçarem.
Na praça da República, a estátua do português Braz Cubas, fundador de Santos, chamou a atenção. “Gostei de ver o monumento. Conhecer ao vivo o que a gente vê na aula faz aprender melhor”, afirmou Pedro Henrique Matos Graça, 9.
Com sua beleza arquitetônica e inúmeras janelas, o prédio da Alfândega impressionou Letícia Barreto Pereira, 9. Até chegar à Bolsa, a turma fez muitas perguntas e prometeu voltar aos lugares com os pais.