Adultos e crianças devem colocar a vacinação em dia
Durante o período de férias escolares, quando muitos pais também gozam seu período de descanso no trabalho, é época ideal para colocar o calendário de vacinação em dia. A Secretaria do Estado da Saúde vem inclusive incentivando essa atualização, chamando a atenção para algumas vacinas importantes, como a de febre amarela, para quem viaja para regiões endêmicas, e contra a hepatite B, que deve ser tomada em três doses, destinada a jovens até 19 anos. Há também vacinas específicas para a terceira idade, que previnem a gripe influenza e pneumonia, evitando mortes e internações de idosos. É indicada mais no período que antecede o inverno, já que a vacina contra a gripe é renovada anualmente, em razão de novas cepas do vírus que circulam no mundo. De acordo com a pediatra Regina Braghetto, médica da Coordenadoria da Criança e do Adolescente, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a vacinação é uma estratégia para combater epidemias e surtos infecciosos, sendo uma grande aliada da saúde pública, diminuindo a morbimortalidade (morte por doença) e gastos com tratamento e internação. Segundo a Organização Mundial da Saúde, para cada US$ 1,00 investido em vacinas, a sociedade economiza US$ 20,00 em saúde pública. Entre as vacinas incluídas há poucos anos no calendário obrigatório, estão as que imunizam contra a rubéola e a hepatite B. Por isso, muita gente adulta não foi imunizada contra essas doenças. Contra a rubéola, a dose é dada na tríplice viral, que protege ainda contra o sarampo e caxumba, e deve ser tomada a partir dos 12 meses de vida em dose única. Entretanto, quem não tomou a vacina e nem teve rubéola deve buscar essa proteção, especialmente as mulheres que pretendem engravidar. Ela previne a infecção materna (que causa aborto e natimortos) e a transmissão de doenças para o feto e recém-nascido. É a chamada rubéola congênita. O bebê pode nascer com graves alterações como surdez, mal formação cardíaca, retardo mental e catarata. A infecção torna-se mais grave quando a mulher contrai o vírus no primeiro ou no segundo trimestre da gestação. Outra vacina essencial e altamente eficaz é contra a Hepatite B, que é feita em três doses: logo ao nascer, no 1º mês e no 6º mês de vida. As pessoas que não foram vacinadas na infância ou não tiveram infecção pelo Vírus B da Hepatite e tenham menos de 19 anos podem ir em qualquer policlínica da SMS e receber a vacina gratuitamente em três doses. Também têm direito a essa imunização, todos aqueles que atuam em profissões de risco, como policiais, bombeiros, coletores de lixo, funcionários da Saúde, trabalhadoras do sexo, e vítimas de abuso sexual, entre outros. A hepatite B apresenta sintomas a partir da 6ª semana de infecção ou num período de seis meses, porém, em mais de 50% dos casos não apresenta sinais. Passado o quadro agudo, (febre, mal estar, dor abdominal, náuseas, vômitos, icterícia) a maioria das pessoas se cura, mas 1 em cada 10 pessoas, desenvolve uma infecção crônica, ao longo dos anos, trazendo complicações graves como cirrose hepática e câncer de fígado. E também podem transmitir o vírus para o resto da vida. Outras vacinas que também devem ser tomadas na idade adulta previnem a febre amarela e o tétano. Desde o ano 2000, o Estado não registra casos de febre amarela, mas em todo o país, houve 62 casos e 23 óbitos em 2003, sendo a maioria dos casos (57) no Estado de Minas Gerais onde morreram 20 pessoas. A febre amarela é transmitida pelo mosquito da dengue, o Aedes aegypti. A vacina contra esta doença deve ser tomada quando a pessoa viaja para regiões endêmicas do país ou para outros países. Em crianças, é indicada a partir dos 9 meses de idade, com uma única dose aplicada por via subcutânea. A vacinação de reforço deve ser procedida a cada 10 anos. Já a vacina contra o tétano, deve ser tomada nos primeiros meses de vida, e na fase adulta receber reforço a cada 10 anos. Em caso de ferimento infectado, esse espaço diminui para cinco anos.