Abertura da Virada Inclusiva em Santos reforça foco em acessibilidade para todos
Tornar o cotidiano das pessoas cada vez mais acessível. Fazer com que nenhum direito de quem tem deficiência se perca e seguir unindo o poder público, entidades e sociedade civil para que, dia após dia, a inclusão seja uma realidade. Essas foram algumas das bandeiras levantadas na abertura da Virada Inclusiva, realizada na manhã desta terça-feira (3), na Câmara de Santos (Vila Nova).
A Virada Inclusiva é promovida pela Coordenadoria de Defesa de Políticas para Pessoa com Deficiência (Codep) da Secretaria da Mulher, Cidadania, Diversidade e Direitos Humanos (Semulher). Confira a programação completa.
O próprio local escolhido para a solenidade - o Plenário Dr. Oswaldo de Rosis, na sede do Legislativo santista - é uma mostra de como a sociedade tem que lutar por detalhes na inclusão. Chamado para discursar no evento, o vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Condefi), Luciano Marques de Souza, citou seu exemplo: há mais de 10 anos, quando assumiu como vereador da Casa por um mês (era suplente), o local não contava com acessibilidade, ao contrário de hoje.
À época, Luciano Marques, que é cadeirante, não conseguiu fazer o discurso de posse na tribuna do plenário, mas em uma das mesas da bancada dos vereadores. Na manhã desta terça-feira, já com a acessibilidade do plenário da Câmara, após uma reforma, ele conseguiu discursar na tribuna. “Conjugo o verbo rodar, em vez de andar”, disse, em sua apresentação.
POLÍTICAS TRANSVERSAIS
A vice-prefeita de Santos, Renata Bravo, enfatizou que, quando se trata de políticas públicas, “o cuidado das pessoas precisa ser transversal. Não cabe só em uma secretaria. Precisamos buscar cada vez mais, precisamos buscar uma linha transversal de cuidado para que possamos entender todos e saber o cuidado de todos”.
Na avaliação de Renata Bravo, “nossa função, enquanto poder público e sociedade civil, é caminhar cada vez mais juntos para que possamos, não só na Virada Inclusiva, falar de inclusão o ano inteiro e tornar Santos cada vez mais acessível. Falar de inclusão na prática é um desafio grande”.
Para a titular da Semulher, Larissa Paz , “a realização da 11ª Virada Inclusiva registra e reforça que Santos tem este desejo constante de se tornar uma cidade cada vez mais inclusiva, uma cidade para todas as pessoas. É importante entender nosso papel na engrenagem da sociedade: não fazemos nada sozinhos, e o diálogo entre as pessoas é necessário para que esta construção das políticas aconteça”.
Afirmando que a causa da inclusão é a sua missão de vida, a coordenadora da Codep, Cris Zamari, fez um agradecimento às autoridades responsáveis por avanços nas políticas públicas do setor e, sobre a data (3 de dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência), a classificou como “um marco muito importante”. “Estamos mudando visões e paradigmas. Estamos mudando o mundo com pequenas ações, do micro para o macro. E não podemos deixar de continuar nesta caminhada”.
Esta iniciativa contempla os itens 10 e 16 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Redução das Desigualdades; Paz, Justiça e Instituições Eficazes. Conheça os outros artigos dos ODS.